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James Noir's Hollywood Crimes

CSI sixties. Yeahhhh!

A Ubisoft é uma das editoras que mais estará ao lado da Nintendo quando a 3DS chegar ao mercado em Março. Com quatro títulos previstos para o lançamento e mais quatro até Junho, James Noir Hollywood Crimes ainda não tem data concreta de lançamento, mas será seguramente uma séria alternativa para os amantes do género dos puzzles, nos primeiros meses de comercialização da 3DS.

Numa altura em que os puzzle games estruturados com arco narrativo e com personagens marcantes – lembramos as séries Ace Attourney e Professor Layton, assim como mais recentemente Ghost Trick – estão em alta, promovendo até diversas sequelas, Hollywood crimes junta-se ao grupo, propondo uma mecânica de resolução dos problemas muito próxima. Porém, enquanto que os jogos anteriores contam com uma apresentação ao jeito do animé, Hollywood Crimes segue por uma composição cinematográfica, explorando o pulsar de Hollywood, ao jeito de um filme onde o jogador é chamado a intervir e acompanhar uma investigação criminal para resolver diferentes tipos de puzzles. Com apresentações e sequências em jeito de curtas metragens de policiais, Hollywood Crimes empresta uma composição cinematográfica “lounge”, interactiva, totalmente em três dimensões.

Por outro lado, o contexto temporal está ancorado nos anos sessenta, onde crime e luxúria se fundem. Apesar do “setting” único, são evidentes as inspirações que o título recolheu a partir de Professor Layton. As dicas continuam lá para o jogador gastar quando estiver mais longe da resposta e até o menu de opções no ecrã táctil exibe algumas semelhanças na comparação entre os dois. Se existem algumas aproximações em termos de inspiração na resolução dos puzzles, há particularidades que deixam Hollywood Crimes valer por si.

Cubo mágico.

O jogador irá assumir o papel de um participante num concurso televisivo. Na verdade, ele começa por ser convidado a fotografar-se a si mesmo e inscrever uma série de dados sobre si. Posteriormente eles serão acrescentados às peças noticiosas, aos jornais, às “headlines” e, de facto, o objectivo passa por aproximar o jogador dos acontecimentos. No entanto, nem tudo corre conforme o planeado, já que uma série de crimes torpedeiam o que seria uma oportunidade para alcançar a fama. Uma mente maquiavélica está à solta e propõe uma série de problemas e desafios que o jogador terá de deslindar. Cada problema é normalmente precedido de uma curta gravação e os detalhes pessoais voltam como pano de fundo para as diversas situações, como se a mente criminosa estivesse numa constante provocação.

Por enquanto pudemos ver apenas uma pequena amostra dos puzzles. Num deles o objectivo era descobrir o número a partir da rotação de um objecto pousado sobre uma mesa. Com a stylus para rodar o objecto no ecrã táctil, no ecrã superior o efeito tridimensional ganhava destaque. Segundo o produtor, haverá muitos puzzles baseados nas três dimensões. Um outro implicava a movimentação dos ponteiros de um cacifo. Menos propenso para o efeito 3D, o objectivo passava por fazer cálculos e descobrir a a combinação correcta. Centena e meia de puzzles estão previstos na versão final, baseados em palavras, imagens, números, formas e cores, labirintos, entre outros, com dificuldade variável.

Sendo indisfarçáveis aproximações com algumas propostas do género, certo é que Hollywood crimes detém uma série de motivos que lhe conferem um estatuto único dentro dos “puzzle games”. O argumento promete colocar o jogador no cerne do concurso televisivo e da trama a ele ligada, participando na investigação. Muitos puzzles não implicam que a sua resolução decorra com o efeito 3D no máximo. Para as curtas sequências, os efeitos tridimensionais geram uma satisfatória profundidade e o ritmo do jogo funciona como um filme policial interactivo.

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