John Riccitiello da EA sobre atual clima político
Não é sobre os jogos mas sim um problema de perceção.
John Riccitiello, CEO da Electronic Arts, respondeu a uma questão sobre a atual controvérsia sobre a violência com armas de fogo e os videojogos na mais recente conferência de investidores da sua companhia.
Riccitiello disse que esperava não ter que responder a esta questão, mas revela que toda a controvérsia não tem suavizado as vendas no sector dos jogos de tiro na primeira pessoa.
"Diria que tenho um ponto de vista vantajoso ou único, por trabalhar na EA e pertencer à ESRB e ESA. Tenho uma exposição razoável aos acontecimentos em Washington. Quero sublinhar o primeiro ponto. A indústria dos jogos é uma indústria muito madura, uma indústria responsável, mais do que podem imaginar."
"Primeiro, estamos muito confiantes na qualidade do nosso conteúdo e na falta de real ligação factual a qualquer violência que acontece na América e mercados em redor do mundo. Portanto não existem dúvidas que nós, como vocês, ficamos espantados e horrorizados com a violência em Connecticut e no Colorado e noutro lado - em muitos outros lados ao longo dos anos. Mas existe uma enorme quantidade de pesquisa feita no campo do entretenimento à procura de ligações entre conteúdo de entretenimento e violência real. E não encontraram nenhuma."
"Podia dar-te longas histórias sobre como pessoas na Dinamarca ou Reino Unido ou Irlanda ou Canadá consomem tanto ou mais jogos violentos e media violento quanto nos Estados Unidos da América, e ainda assim têm uma incidência infinitamente mais pequena de incidentes de violência com armas, mas esse não é mesmo o ponto. O ponto é que estudos diretos que foram feitos, milhares de milhões de dólares em pesquisa, foram incapazes de encontrar uma ligação porque não existe uma. E isso foi até ao Supremo Tribunal neste passado Verão."
"Um número de pessoas sumarizaram os dados disponíveis, providenciaram-nos ao Supremo Tribunal, e o Supremo Tribunal foi a seu favor, dizendo basicamente que merecemos todos os direitos de liberdade da Primeira Emenda que estão acordados a qualquer media. E a parte importante disso, penso eu, ficaram convencidos com as provas que lhes foram apresentadas em todos esses estudos."
"Agora, tendo dito tudo isto, e com toda, se permitem, humildade sobre o mundo no qual vivemos, compreendemos que apesar de não haver um problema real, dado todo o apontar de dedo a decorrer na imprensa, parece haver a perceção de um problema, e temos que lutar contra isso."
"Não é sobre os jogos. Existe um problema de perceção. Podemos ser parte da solução, e estamos prontos para estar à altura de tal," disse Riccitiello, afirmando que a EA quer ser parte da solução a favor dos videojogos na atual perceção política de estes causarem violência.