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Killzone 2

Look! Red eyesssss....

Para melhor exemplificar o que Killzone 2 nos trará, nada melhor que explicar o início de um nível, onde teremos que conquistar uma ponte. O ambiente é escuro, onde as nuvens negras no céu se mexem ferozmente devido à tempestade de relâmpagos que sempre impera em Helgan. Existem constantemente relâmpagos que pela sua força, iluminam tudo e todos, trazendo de novo o breu. Para além destes acontecimentos, ainda temos o vento que leva pó, fumo, mexe com as bandeiras, criando um efeito dramático à cena. Quando começa a batalha, é neste ponto que proclamamos palavras tais como: “Que é isto?”, “Como pode estar tudo isto acontecer ao mesmo tempo?”. Vemos hordas de Helghast ao ataque, fogo, luz das armas a disparar, explosões, fumo e fogo proveniente delas. Efeitos de partículas espantosos, nossos colegas a morrer ao nosso lado, outros a serem dilacerados pelo fogo. Com tudo isto apenas nos escondemos. Só temos coragem de ir novamente em frente quando ouvimos:”Sev…Sev, que estás aí a fazer?” Levantamos a cabeça e gritamos de fúria…

Este é o formato geral de Killzone 2, um jogo com muita acção, destruição e adrenalina. Com música pesada a acompanhar, é um puro prazer poder descarregar um cartucho inteiro. Se nos acalmarmos e olharmos atentamente podemos ver que ainda falta muito para Killzone 2 ser um jogo quase perfeito. O que de muito bom tem, também tem de mau. A ausência de uma história a condizer, um enredo credível e um guião sério e adulto poderá afastar alguns. A ideia de "O que estamos aqui a fazer?" está muitas vezes presente em nós.

Neste aspecto, ainda existem erros de localização, como os atrasos na sincronização labial, bem como no realismo das expressões faciais. Mas como referimos esta ainda não é a versão final, e apenas podemos explorar cerca de 40% do jogo. Para além disso, ainda existe problemas nos scripts, sendo por diversas vezes obrigados a reiniciar a fase, pois o nosso companheiro simplesmente ficou parado sem se mexer, não permitindo o avanço das cenas. Mas acreditamos que estes bugs são de fácil resolução e não aparecerão na versão final. Por ainda afinar estão algumas texturas, ou melhor, a ausência de texturas de qualidade. Mas nada que estrague a pintura.

Belos efeitos especiais.

Podemos já comprovar a presença de enumeras armas, que vão desde a caçadeira, sniper, pistola, armas automáticas e também a tão desejada faca à Rambo. Podemos conduzir veículos, embora não seja algo extremamente intuitivo e fácil. Como já referimos, iremos contar com zonas distintas, nem tudo é urbe caótica. Zonas exteriores estão prometidas, e foi possível visitar pelo menos uma zona agreste tipo deserto.

Referente ao comportamento das armas, é um gozo tremendo ver que se comportam na perfeição. Os efeitos do calor, os efeitos do recoil da arma, que varia de pressão de arma para arma. Referente à jogabilidade, podemos optar por diversas configurações do comando, e falo sobre isto, porque simplesmente a configuração padrão é extremamente penosa para a jogabilidade. Preferi uma configuração mais “tradicional”, pelo uso dos gatilhos para a maioria das acções.

Um dos sistemas que estava desejoso de verificar era o de cobertura. Killzone 2 vai buscar um pouco de inspiração aos TPS, como o caso de Gears of War, adoptando o sistema para formato de primeira pessoa. Para isso basta carregarmos em L2 (minha configuração) e manter pressionado, para disparar podemos disparar por cima do obstáculo, ou se quisermos com o analógico esquerdo pressionamos para a frente e conseguimos sair, mas sempre “agarrados” aos obstáculo. Nesta posição também podemos andar agachados, e disparar pelas laterais, como por exemplo numa esquina. Este sistema é simples e fácil de usar.

Bichos feios que alguns Helghast são.

Referente aos Helghast, os nossos inimigos, embora a inteligência não abunde por aqueles lados, cumprem com o seu papel. Existem até situações caricatas, nomeadamente quando lançamos granadas e é vê-los a fugir em nossa direcção. No computo geral, achamos que são dotados de IA aceitável, conseguindo criar uma barreira forte, movimentando-se, reflectindo a nossa progressão. A questão não está em si na movimentação, mas sim na forma de como o jogo está delineado. Se entrarmos dentro de uma área, eles apenas actuam nessa área, mesmo que fisicamente se possam movimentar, e ir para outros locais. Se um Helghast tiver numa sala, dificilmente o veremos a sair desse seu espaço.

Em suma, Killzone 2 parece ser tudo o que promete, sendo uma experiência única a nível técnico, como nunca antes vimos. Mas este é o nosso dilema desde o início, será isso suficiente? Apenas a versão final tirará todas as nossas dúvidas e só aí podemos dar o nosso veredicto.

Killzone 2 é um exclusivo PlayStation 3, com data de lançamento previsto para Fevereiro de 2009.

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