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Kingdom Hearts 3 - Square Enix fala da elevada exigência da Disney e Pixar

Processos de aprovação minuciosos e incríveis exigências.

Kingdom Hearts 3, lançado a 29 de Janeiro, é um action RPG da Square Enix fruto de uma colaboração sem precedentes com a Disney e a Pixar, um jogo incrivelmente ambicioso.

No entanto, este jogo, onde podes constatar uma surpreendente atenção ao detalhe, foi alvo de um já esperado grande escrutínio por parte das três companhias envolvidas na criação dos diversos mundos, algo do qual a Square Enix falou.

Em conversa com o IGN, Toru Yamazaki, director de arte para os personagens, falou sobre as dificuldades em conseguir apresentar o cabelo de Elsa (do filme Frozen) de uma forma que convencesse a Disney.

No entanto, é Kayoko Yajima, principal animador facial, que fala da necessidade da Square Enix em relatar todas as alterações aos seus personagens (por mais pequenas que sejam) e como é preciso obter uma aprovação da Disney ou Pixar antes de o fazer.

"Havia realmente muita pressão para conseguir até mesmo os mais pequenos dos detalhes, que nem pensarias serem tão importantes, para ficarem como estão no filme," diz Yajima.

"Recebemos pedidos da Disney e Pixar que diziam, 'queremos que mostrem menos os dentes aqui', ou 'os olhos têm de mover-se de forma diferente', ou 'a sua linha de visão não está realmente correcta'. Claro, é nas cutscenes que a alma dos personagens é revelada, por isso foi algo no qual investimos muito esforço e ajustamos até ao ínfimo detalhe."

Tai Yasue, codirector ao lado de Tetsuya Nomura, explicou ainda que apesar deste incrível nível de escrutínio, a Disney aprovou com uma inesperada facilidade algumas mudanças mais loucas, como Simba quando foi transformado numa "entidade de fogo" para o seu summon.

Yasue diz que é nas cutscenes que a exigência foi maior, devido a elevada aproximação do material original da Disney, mas o gameplay também teve de ser visto e aprovado pelo pessoal da Disney.

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Koji Inoue, director de animação, acrescentou que, "Sabes, nós programávamos uma acção e a Disney ou a Pixar diziam, 'isso é um pouco violento', ou 'eles não fariam uma coisa dessas'. No que diz respeito a Remy de Ratatouille, falaram imenso sobre os movimentos precisos da sua cauda."

No entanto, Tetsuya Nomura, criador da série, respeita o carinho que estas companhias colocam nas suas criações e diz que a Pixar é mais protectora das suas propriedades, algo com o qual se identifica.

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