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Kingdom Hearts Re:coded

Bug reportado no sistema.

Em 2009 saía no Japão um novo jogo da franquia Kingdom Hearts, e o primeiro a aparecer em telemóveis. Coded, era o seu nome, e foi distribuído num total de 8 episódios ao longo do ano. Re:coded aprece-nos agora na Nintendo DS, depois de lançado no Japão, e é nada mais do que um remake de coded. As novidades passam assim por melhoria nos controlos, com uma jogabilidade que tenta aproximar-se de entradas mais recentes na franquia, e uma nova cara a nível visual, com um grafismo que vai muito de encontro àquilo visto em 358/2 Days. Isso e, como é claro, a inclusão de todos os episódios num só jogo.

Tal como os fãs da série deverão adivinhar esta não é uma nova entrada no caminho principal da série, mas mais uma caminhada para o lado. Relata acontecimentos posteriores a Kingdom Hearts 2 e começa por apresentar ao jogador os dois livros que representam as duas jornadas anteriores. Mas Jiminy Cricket descobre uma misteriosa mensagem no primeiro livro que causa de imediato grande alarme entre os compadres da Disney. O Rei Mickey ordena que seja construída uma engenhoca para analisar as páginas do livro, ao que Chip and Dale respondem de imediato com uma maquineta que mais parece saída do clássico de cinema Blade Runner. O trabalho passa por analisar as páginas corrompidas do livro e é aí que surge Sora metido ao barulho.

Ou melhor, de uma versão digital de Sora que vive dentro do livro e que vai então ajudar a descodificar o sucedido. Ora isto não somente parece rebuscado – é mesmo. A ideia de como tudo funciona é confusa, mas o melhor aqui é mesmo percebe-la como um pretexto para revisitar cenários antigos. Acontece que no mundo paralelo onde está Sora existem uma série de cubos misteriosos e Bugs para resolver. É disto que vão andar atrás durante todo o jogo. Sora não reconhece Mickey e, tal como disse, tudo surge como uma motivação para revisitar locais.

Não será uma surpresa dizer que vão começar por fazer algumas escolhas "morais" seguidas de uma passagem pelas Destiny Islands. E por aí fora. A grande novidade aqui prende-se pelas secções com Bugs, que representam no mundo real certas alterações, como o desaparecimento de portas ou impedimentos variados de passagem. Daí vem a necessidade de entrar nestes Bugs e derrotar todos os heartless.

Mas isto surge acima de tudo numa mecânica que invoca a realização de puzzles, que vão desde a forma como alcançam determinadas plataformas até ao descobrimento da forma como devem destruir um inimigo. Fazê-lo em tempo record e sem perder vida garante pontos extra. Os pontos podem ser trocados por recompensas, que vão desde os típicos consumíveis até peças únicas para a evolução da personagem.

O mecanismo de evolução da personagem assenta numa fórmula semelhante aos jogos Final Fantasy, na qual evoluem a personagem num sistema em árvore chamado Matriz. Existe alguma liberdade para o fazerem, já que é possível escolher caminhos distintos na Matriz, que levam ao desbloqueamento de novos poderes, que poderão ou não ser activados. A apresentação deste mecanismo é interessante já que assenta também ele na ideia e no espírito do jogo. Esta matriz diz respeito à evolução da personagem, poderes e equipamento. Alguns poderes podem ser combinados para melhor funcionamento.