Kung Fu Panda
Então Po, tudo bem?
O Verão finalmente chegou e consigo chega o desejado calor e o inevitável filme de animação da época. Por entre férias passadas na praia e noitadas com os amigos, este ano o cheiro a pipocas vai ser mais doce pois as salas de cinema dão as boas vindas a Po, o animal que protagoniza o filme no qual este jogo se baseia.
Po, é bastante preguiçoso, não fosse ele um panda, e a sua paixão por artes marciais apenas é rivalizada pela sua falta de jeito. No entanto, tal não o vai impedir de perseguir o seu sonho, perseguir pode não ser a palavra apropriada mas adiante, tornar-se num mestre de artes marciais ao nível dos 5 grandes mestres que são os seus ídolos. Claro que nem tudo corre como deveria correr e para um animal tão preguiçoso, qualquer tarefa é árdua. Verdade que é um grande trapalhão mas o seu entusiasmo vai levá-lo em busca de grandes aventuras, guerreiros prometidos, super hiper fantásticas técnicas e claro……bolachas!. A espectacularidade espectacular na forma mais trapalhona e desajeitada que alguma vez poderia existir.
Kung Fu Panda pode ser descrito como um God of War simplificado, ou melhor dizendo, um jogo de acção para os mais pequenos. Um jogo onde as secções de acção co-existem com as secções de plataformas em perfeita harmonia e oferecem um bom equilíbrio entre as duas. Ao longo de 13 níveis vão enfrentar hordas de temíveis pequenos animais, terríveis javalis malvados, e vão saltar por entre armadilhas e plataformas. Apesar de ser direccionado para os mais novos, King Fu Panda não toma o caminho mais fácil, tornando-se oco e pouco interessante, pelo contrário. Inspirou-se em vários jogos e oferece aspectos interessantes na jogabilidade, mecânicas divertidas e fáceis de assimilar assim como um sistema de combate com profundidade suficiente para evitar o aborrecimento.
Seria fácil pensar que estamos perante um jogo sem qualquer interesse ou profundidade, uma vez que é destinado aos mais novos, mas tal não é verdade e o mérito é todo da Activision que se deu ao esforço de criar um título altamente divertido e competente.
Para além das acções normais nestes jogos, saltar e proteger, Po tem dois tipos de ataques, rápido e forte, que pode encadear e usar conforme a nossa vontade. Pode não ser o sistema de combate mais profundo que já vimos mas cumpre bem a sua tarefa sendo divertido e variado. A panóplia de movimentos é vasta e podemos realizar várias combinações e Po também pode usar especiais como fazer de bola e varrer os adversários ou ainda dar barrigadas. Resumidamente podem contar com uma versão mais simples dos sistemas de combate vistos nas grandes pérolas do género, as grandes fontes de inspiração para este jogo.
Outra característica que o jogo pede “emprestado” a outros são os Quick Time Events, originalmente surgidos no fabuloso Shenmue. Em determinadas sequências, especialmente nas lutas contra bosses, temos que pressionar num botão ou numa sequência de botões para que a personagem realize o movimento com sucesso. Resulta muito bem e dá uma grande dinâmica ao jogo.