Kyle Brink deixa a Wizards of the Coast após declarações e decisões polémicas
Cumpriu-se o seu desejo.
Kyle Brink, antigo produtor executivo de Dungeons & Dragons, já não está na Wizards of the Coast. De acordo com o seu perfil no LinkedIn, Brink terminou a sua colaboração com a empresa em maio deste ano, após três anos e quatro meses de trabalho, quase dois dos quais dedicados ao papel de produtor executivo, conforme noticiado pelo That Park Place.
Durante o seu tempo na Wizards of the Coast, Brink levantou questões polémicas ao afirmar numa entrevista que os homens brancos deviam manter-se afastados do hobby dos jogos de mesa. Numa conversa com o canal do YouTube 3 Black Halflings, ele disse: "Tipos como eu não conseguem sair deste hobby suficientemente depressa", referindo-se ao estereótipo de que os jogadores de Dungeons & Dragons são predominantemente homens brancos.
Brink esteve também envolvido na controversa proposta de alteração da Open Game License (OGL), que incluía uma taxa de royalties e controlo criativo por parte da Wizards of the Coast. A proposta gerou forte resistência de editores e jogadores, levando a empresa a recuar. Brink reconheceu publicamente o erro numa entrevista, chamando à ideia "terrível" e "um grande erro".
Robert Kuntz, um dos criadores originais de Dungeons & Dragons, criticou duramente a Wizards of the Coast, acusando a empresa de desrespeitar o legado dos criadores originais e de atuar de forma desrespeitosa. Kuntz expressou sua frustração com a abordagem da empresa, chamando-a de "caluniosa" e "desrespeitosa".
Com a saída de Brink, a Wizards of the Coast está a seguir uma nova direção, tentando promover a inclusão e a diversidade na comunidade de Dungeons & Dragons. A empresa reconhece os erros do passado e está empenhada em seguir em frente com uma abordagem mais inclusiva, especialmente à medida que o jogo se aproxima do seu 50º aniversário.