Lara Croft and the Temple of Osiris - Análise
Para os fãs sabe a pouco.
Lara Croft and the Temple of Osiris leva-nos até à mitologia egípcia, mais precisamente aos acontecimentos da morte de Osiris, executada pelo seu irmão Set. Milhares de anos depois, e ainda debaixo de uma prisão eterna, Osiris tem a esperança da sua libertação nas mãos de uma conhecida arqueóloga e aventureira, a destemida Lara Croft.
Lara Croft foi em busca de artefactos perdidos no Egipto, mas não estava à espera de encontrar uma grande e importante aventura. Nesta aventura Lara não está sozinha, pois outro arqueólogo, de seu nome Carter Bell, também estava no local e ambos são atingidos por uma maldição ao tocar nos artefactos. A única esperança? Trazer de volta Osiris e libertar ambos da maldição.
O objetivo principal do jogo não é nada complicado. Em suma temos diversas partes do corpo de Osiris espalhadas por diversas zonas ou túmulos. Cada local dará no final acesso a uma das partes da estátua de Osiris. Lara Croft and the Temple of Osiris não está produzido no formato original da série, um TPS de ação, aventura e puzzles. O estúdio Crystal Dynamics traz de novo a vista de cima (isométrica), inaugurada em Lara Croft and the Guardian of Light. Nesta aventura Lara e Carter terão a ajuda de Horus (filho de Osiris) e sua mãe Isis.
Apesar de ser um jogo cooperativo, até quatro jogadores (offline ou online), é perfeitamente jogável a solo, apesar de existirem situações estranhas durante o jogo, tais como a de Lara estar a falar com uma das personagens e a mesma nem estar lá. Existem diversas zonas e túmulos que deverão ser jogados em conjunto com outros jogadores, mas não é obrigatório na sua história base. Pessoalmente, das vezes que joguei sozinho, nunca senti a falta de um companheiro. Lara está muito bem provida de armamento e feitiços que enchem o ecrã de cor e caos.
Para além da sua componente principal de plataformas e ação, temos ligeiros elementos RPGs, como o uso de anéis, roupas, diversas escolhas de armas e ainda o nosso bastão, que poderá ser usado de diversas formas, dependendo do inimigo ou zona que estejamos. Cada ambiente tem um tema base, nomeadamente água, fogo, vento e gelo. Nestes ambientes residem inimigos genéricos para o tipo de jogo. Se estamos no gelo esperem inimigos que usam esse elemento como força, logo um bastão onde o fogo seja o elemento principal deverá dar conta do recado. Para além de perdermos vida, os ataques dos inimigos poderão reduzir a nossa velocidade, podemos ficar envenenados e até colhidos por fogo, perdendo vida se não nos libertarmos.
"Lara Croft and the Temple of Osiris é um jogo agradável, mas não oferece muito conteúdo. "
Existe muito que procurar neste universo egípcio. Por isso terão que destruir tudo que esteja em vossa volta (até tochas de fogo), onde recolherão valiosas gemas, que por sua vez darão acesso (moeda de troca) para abrirmos cofres. Estes cofres contêm diversos anéis e colares (usados como proteção contra elementos e aumento da força e eficácia das armas) e também energia, vital para aguentar investidas constantes de inimigos.
Um jogo de Lara Croft sem puzzles seria como um deserto sem areia. E aqui temos diversos puzzles, alguns deles ligeiramente difíceis, ou no mínimo, ter alguma paciência. Os veteranos em jogos de puzzles e aventura não terão nenhuma dificuldade, sendo quase sempre ativar alguma coisa e correr em determinado tempo limite. Teremos também que rolar pedras, usar espalhos e colocar explosivos para ativar certas zonas. Pessoalmente o mais difícil foi perceber quais as zonas que têm funções especificas.
Pelo caminho temos que dar bom uso ao nosso gancho de escalada, acedendo a zonas importantes para a progressão da aventura, mas também temos que estar atentos a diversos colecionáveis que estão em locais inacessíveis a pé. O gancho será muitas vezes usado em conjunto com o salto. Nestas plataformas a velocidade e o tempo são extremamente importantes, e apesar de não ser difícil, em muitos locais, as quedas serão constantes devido aos milésimos de segundo do "timing" necessário.
Em cada cenário teremos alguns bosses para matar, ou pelo menos ultrapassar. Pessoalmente não achei nada difícil, sendo sempre óbvio o que temos de fazer, e o jogo dá sempre ajudas para tal. O que torna a luta conta os bosses difícil é a sua jogabilidade, muitas vezes algo presa para o cenário e obstáculos presentes. Por outro lado, quando morremos e iniciamos, o local não é o mais favorável. No meio de uma batalha com um bosse, dei por mim aparecer bem no meio de diversos inimigos, sendo difícil de recuperar. Dentro de cada batalha contra um bosse, existe uma barra de energia, conforme formos matando o bosse a barra desce e existe checkpoints gravados em alguma dessas alturas.
Lara Croft and the Temple of Osiris é um jogo agradável, mas não oferece muito conteúdo. Graficamente interessante, nomeadamente nas explosões e ambientes como a luz e brilhos, mas que não chega a ser um estado de arte no gênero. Quem gostou de Lara Croft and the Guardian of Light verá em Temple of Osiris uma boa sequela, mas que não surpreende como o primeiro. Para os restantes, e se são fãs de Lara Croft, é um jogo recomendado.