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Lips

Chamar a música!

A opção Juke Box apresenta uma versatilidade e outra forma mais subtil de ganhar empatia com Lips. Basta seleccionar um tema sem compromisso para cantar, acompanhando-se de início o vídeo e a qualquer altura basta sacudir o microfone para que o jogador entre em cena em modo individual ou cooperativo. Ainda no quadro de opções merece particular destaque a possibilidade de descarregar listas de músicas que o jogador tenha alojadas em leitores portáteis de mp3 ou outros suportes de armazenamento. É praticamente uma fonte inesgotável de temas a adicionar à playlist original de Lips mas que acrescenta um rotundo senão; para essas músicas não existem os respectivos videoclips e sobretudo as letras, o que é mais de metade da fonte da vitalidade de Lips. Para não defraudar totalmente, os produtores adicionaram um sistema que detecta a voz e atribui pontuação apesar de faltar a letra e as barras de preenchimento. Mesmo assim não deixa de ser uma boa opção juntar uma panóplia imensa de temas à lista privada.

Com um segundo jogador adicionado à festa, Lips representa mais diversão e entretenimento e cientes disso os produtores acrescentaram alguns modos de jogo originais que alimentam o desafio e competição. O Vocal Fighters é a representação mais tradicional do esquema versus. Ambos acompanham a letra e no final quem tiver mais pontos sai vencedor. O modo Kiss procura aproximar os participantes através de um modo cooperativo em que ambos cantam diferentes secções da música e com boas prestações o casal sob a forma animada no ecrã vai-se aproximando cada vez mais até que se beijem. Há aqui um toque especial para o caso de se gizar algum esquema. Por fim o modo Time Bomb, tal como o nome indica leva a que o jogador tenha de encher um copo com água para reter o rápido rastilho da bomba. Sem sucesso finda a música. De algum modo estas opções alargam as fronteiras da diversão e no decurso destes modos de jogo há animações especiais em alternativa aos videoclips originais.

Temas de hip-hop e rap são mais complicados para acertar e sempre há a alternativa de escolher um cenário pré-animado em detrimento do videoclip original.

Numa época em que jogar sem fios é uma realidade, porque não aplicar o mesmo nos microfones que servem de interface? A Microsoft levou por diante a ideia e concebeu um microfone “wireless” todo janota com umas ténues luzes que piscam e mudam de cor consoante o ritmo da música. São confortáveis, alimentados a pilhas, com design minimalista e cumprem perfeitamente a função. A qualquer altura e dentro quadro de opções é possível alterar o conjunto de cores.

Numa perspectiva abrangente sempre se dirá que Lips não vem acrescentar muito mais ao segmento dos jogos musicais (de Karaoke) que Singstar rompeu com êxito há uns anos. Em grande parte são títulos que se equivalem e assemelham bastante, mas não deixa de se sentir que Lips é uma aposta com sucesso para a Xbox 360 e um bom ponto de partida para dar seguimento em futuras iniciativas. Falta também algum critério na forma como são avaliadas as prestações dos jogadores. Apesar disso a lista de músicas em Lips é das mais eclécticas e preenchidas até ao momento, com muitos temas à disposição. A excelente apresentação, concepção visual são claras quanto ao bom empenho da Inis e por permitir a inclusão de playlists oriundas de leitores mp3 e outros formatos, para uma exibição mais livre e descomprometida dos temas acaba por alargar as fronteiras da música ao interesse dos jogadores. Os dois microfones sem fios que acompanham o jogo são outra mais valia. E já se viu pelas actualizações semanais que a Microsoft está apostada em alimentar a lista de temas com alguns alusivos a épocas como o Natal sendo possível encontrar no marketplace novos temas para descarregar. Com a consoada mesmo à porta Lips é uma forma interessante e diferente para se ocupar uma parte do tempo de uma festa ou com a banda dos amigos lá por casa.

8 / 10

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