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Little Witch Academia: Chamber of Time - o dia das bruxas chegou mais cedo

Poderes e feitiços para todos.

Lançado no passado mês de Novembro no Japão, foi confirmado pela Bandai Namco no Winter Level Up do passado dia 15, a chegada de Little Watch Academia: Chamber of Time aos continentes europeu e norte-americano. O jogo é um exclusivo para a PS4 e para o PC (digital) e o lançamento acontecerá no dia 20 de Fevereiro para a consola da Sony e 10 de Março para o PC.

Esta é uma aventura baseada na franquia anime (e manga) Little Witch Academia e por isso inclui imensos diálogos e uma série de sequências cinematográficas que respeitam fielmente a animação, dirigida pelo japonês Yoh Yoshinari. Sendo tão óbvia a sua influência a questão aqui passa por saber de que modo o jogo poderá captar o interesse da audiência ocidental que porventura desconheça a série, como é o meu caso.

Mesmo não conhecendo a manga ou o anime, é fácil para qualquer jogador entrar no jogo, compreender a narrativa e tirar proveito desta aventura que se compõe essencialmente como um "beat'em up", na qual as protagonistas bruxas recorrem a uma série de poderes especiais. O ritmo é bastante frenético e visualmente os efeitos especiais primam pelo detalhe e colorido. As animações são muito suaves e a técnica artística empregue seduz pela qualidade dos desenhos.

As sequências cinematográficas foram produzidas pelo mesmo estúdio que trabalha no anime (Studio Trigger).

Quem goste de jogos mais "hardcore" japoneses, na linha de um Dragon's Crown ou o mais antigo Guardian Heroes, seguramente ficará deliciado com esta produção da Bandai Namco. A demonstração que pude experimentar em Paris é suficientemente elucidativa do que nos espera. A localização está pronta e praticamente só nos resta contar os dias até ao lançamento, dado que depois do lançamento japonês, uma boa parte do jogo encontrava-se à nossa disposição.

Se a componente de acção e registo "beat'em up" era o que mais queríamos ver, também é verdade que para chegarmos a esses segmentos tivemos que passar por imensos segmentos compostos por diálogos e conversas no interior da academia. Dá a sensação de um aproveitamento ao máximo da série animada, conjugando acção com diálogos e uma exploração constante na academia, onde as bruxas trabalham os seus poderes e feitiços.

Com uma versão final quase disponível, optamos por começar a jogar desde o começo, embora nos tenham dito que à disposição tínhamos dois "saves" que nos deixavam entrar directamente para fases mais avançadas, de forma a conhecer o combate. Percebo porque o fizeram, dado que o começo é um pouco moroso e leva algum tempo até se construir a base do jogo que nos levará mais adiante.

No interior da academia.

Antes dos combates, tempo para o criador de personagens e formação da equipa, que se compõe por quatro elementos: a nossa personagem e mais três bruxas controladas pelo computador, que agem de forma independente e ainda em nosso auxílio quando necessário. Curiosamente este foi um aspecto que acabou por resultar muito bem, mas importa ter em conta que os poderes curativos não são permanentes e as personagens de apoio podem perder a vida, saindo do jogo.

A academia é a estrutura onde vão passar grande parte do tempo, cumprindo tarefas e pequenas missões que vos levam a conhecer o dormitório, as salas de aula, a torre Luna Nova. Muito tempo será passado ali, onde as bruxas se formam, naqueles quatro grandes pisos. Para não se perderem é facultado um mapa com indicação das salas e divisões. Tudo muito útil.

Passando às masmorras, onde decorre a acção e terão confrontos a valer, importa destacar a perspectiva 2D, à semelhança dos jogos beat'em up clássicos, sendo que as personagens e ambientes estão construídos em 3D. Destaque para o mapa dos golpes e feitiços, situado no canto superior esquerdo. Os golpes vão desde o fraco, médio e forte, mas os mais interessantes são os feitiços, poderes que precedem uma breve secção cinematográfica (por vezes demasiado extensa) antes de eclodirem uma profusão de cores e efeitos visuais dignos de menção.

Derrotando uma das criaturas numa caverna vulcânica.

A estrutura de combate está bem organizada e o grupo vai avançando sem grandes dificuldades ao longo de um percurso que apresenta saídas laterais onde podem aceder a tesouros, mas terão que enfrentar mais inimigos. O bestiário é diversificado e capaz de uma boa réplica, mas nas secções que experimentamos não projectaram um desafio extraordinário. Este primeiro contacto é promissor. Estamos perante um jogo que não só parece dar bom seguimento à série animada como apresenta um sistema de jogo bastante interessante. Fica a sensação de uma progressão lenta e muitos momentos passados em diálogo, o que pode não ser do agrado de quem procura uma experiência mais imediata. De todo o modo parece uma proposta bastante contagiante e apelativa.

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