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LittleBigPlanet

Em busca de um novo mundo.

LBP é uma oferta impressionante a nível gráfico, com texturas de elevadíssima qualidade e tamanho, bem como efeitos de luz, reflexos e sombras como nunca antes vistos num videojogo. Tudo corre com uma fluidez contagiante, pois dificilmente nos apercebemos que estamos a jogar algo, realmente sentimos que estamos dentro deste maravilhoso mundo.

Outra característica que abona a favor de quem apenas quer usar o “Play” é a possibilidade de partilhar a progressão do jogo com mais três pessoas, e na verdade o jogo “obriga” a isso. Não raras foram as vezes que pedimos a alguém para vir jogar, e podem ter a certeza, se fizerem isso com alguém que não joga, ganham ali um amigo de imediato. Tudo é feito sem quebras. Até a entrada de novos amigos para jogar é simples, bastando pegar num comando livre, ligar e já estamos dentro de jogo. Se quisermos sair e deixar os outros progredir, basta desligar o comando.

Existem zonas nos níveis apenas acessíveis (ou ultrapassáveis) com ajuda de mais um amigo ou mesmo apenas com quatro jogadores, limite máximo em modo cooperativo. Nestas zonas fazemos uso de alavancas, tripés, portas, pedras, ou sequência de botões em que todos participam, ninguém fica de fora. A alegria de jogar LBP em modo de cooperação é tão viciante e gratificante, que até temos vergonha por voltarmos a ser crianças. Vergonha no bom sentido, por vermos que as coisas no mundo real poderiam ser bem melhores se todos se ajudassem, e LBP dá-nos uma lição de vida.

Uma das razões da ligação directa e imediata que temos com o jogo, é sobretudo devido à personagem, ao nosso Sackperson. Esta personagem de trapos, e de fecho ao meio (que será que acontece se o abrirmos?) é tão fofa e brutalmente apetecível que é impossível ninguém olhar para ela e não sentir empatia, simpatia e porque não amor. Posso dizer mesmo que um hardcore gamer com barba rija e sedento de sangue, ficará rendido a este pequenote.

Ficámos apaixonados pelos níveis inspirados no Japão

O Sackperson é na verdade um nosso “eu” transportado para o seu mundo, pois reflecte toda a nossa personalidade, as nossas preferências a nível de vestuário, e transmite até mesmo os nossos pensamentos e sentimentos. Podemos usar os auriculares para falar por ele, mas mesmo que não usemos, existem expressões de sentimentos, bastando utilizar o D-Pad. As quatro direcções do D-Pad pode ser utilizadas para demonstrar medo, alegria, raiva, fúria ou tristeza. Cada uma destas características são elevadas a três graus, por exemplo passando de um estado de alegria para um estado de êxtase total, com a língua de fora a correr ao vento. Para além disso ainda podemos dar-lhe mais vida, utilizando os sensores de movimentos do sixaxis para mexer a cabeça, ou mesmo a anca. Ok, posso revelar que fiz uma coreografia com quatro amigos a dançar o YMCA, não dou nomes. Sem segundas intenções claro.

Percorrer os níveis, é feito de forma simples, existindo inúmeras habilidades, como agarrar objectos, puxar, empurrar, ou até mesmo saltar. Existem três níveis de profundidade, que podemos alternar, tal como corredores de circulação. A passagem entre esses corredores de circulação, é feita por saltos, bastando pressionar o stick esquerdo para a frente ou para trás para saltar entre corredores. Este sistema é simples na prática, e funciona, mas é algo que precisa de ajustes, e sabemos que esses ajustes estão para chegar. Pois muitas vezes não correspondem como queremos, e em zonas mais apertadas, ou em zonas de rápidas decisões, é frustrante morrermos porque simplesmente não reagiu como o esperado.