LittleBigPlanet
Impressões da Games Convention 08 em Leipzig.
Juntamente com Jim Ulrich, produtor, e já atendendo ao jogo propriamente dito, assistimos ainda a uma secção onde teremos de enfrentar um boss. O estilo plataformas apela aos velhos reis das duas dimensões, sendo vital escapar por entre labaredas de fogo vociferadas pela hedionda criatura, maquinismos e outros obstáculos. Jogando a solo podemos escolher uma Sackgirl a acompanhar, e aqui há que articular e gerir os movimentos e distância para ela não ficar queimada pelo lume. Contudo, não é um jogo fatal quando uma das personagens deposita a alma, nem será preciso reatar desde o começo. Só ao fim de umas tentativas é que a peripécia chega ao fim.
No quadro inicial do jogo, a “lobby area” a interface é bastante simples. Há um planeta por onde estão distribuídos os níveis que completam a história, podendo escolher o que mais vos aprouver. Nessa área vão ainda encontrar os vossos amigos que estejam ligados à PSN, podendo convidar até um máximo de quatro para superar a história em modo entreajuda ou então conceberem níveis de jogo em conjunto, numa espécie de linha de montagem de veículos, com tudo o que tiverem à mão. À partida o editor não está apetrechado com todos os objectos que vão ajudar a preencher os níveis. A progressão do modo história abre um leque de novas oportunidades, esperando-se que depois de fechada a narrativa de LBP os jogadores possam partilhar e usar uma vastidão de elementos no editor de criação.
Na Lua, a my moon, estarão todos os níveis criados, edições multijogador, os my levels. Com fotografias no arquivo da vossa PS3 poderão elaborar fundos e cenários com base nesses retratos e se tiverem o Playstation Eye à mão poderão captar uma imagem instantânea vossa e usá-la para os mais variados efeitos. O processo de edição é relativamente simples de apreender e nem vão perder muito tempo a descobrir como montar um pequeno desafio. O limite será a habilidade e horas gastas no editor para surpreender cada vez mais, num processo criativo em bruto.
Esta propensão para a criação e partilha de níveis pode oferecer o reverso da moeda através de elementos que perturbem princípios morais e éticos. É difícil filtrar todas as criações, entendem os produtores, mas nem por isso uma vigilância atenta (também dos jogadores que poderão fazer report de conteúdos ofensivos) deixará de eliminar, em primeira instância, conteúdos merecedores de reprovação. Numa medida mais extrema os utilizadores prevaricadores serão impossibilitados de remeter novos conteúdos e terão as suas contas da PSN banidas.
"LBP abre-se ao mundo, às comunidades de jogadores e à indústria dos jogos," disse-nos Leo Corbin. Além fronteiras e na Ásia o jogo está a merecer uma observação atenta, sendo constantemente referido em revistas e programas dedicados no Japão. Por cá não falta muito mais tempo para a espera. Na Europa o jogo será lançado a 29 de Outubro, tempo extra para os impacientes que não conseguirem acesso à versão beta prestes a rebentar.
Só o tempo dirá se os jogadores e criativos de conteúdos da rede LBP vão manter a chama acesa por muito tempo, num sinal de luz verde ou amarela para uma sequela que inevitavelmente se discute.