Lumines: Electronic Symphony - Análise
O futuro do futuro tem este presente como passado.
Para dar mais profundidade e variedade à fórmula, a Q? oferece a capacidade de o jogador escolher avatars com poderes e habilidades especiais que o vão ajudar durante o jogo. Temos uma quantidade infindável de avatars para desbloquear e todos eles oferecem um poder específico para o modo singleplayer e para o modo multijogador. Pena este ser apenas local pois online teria sido um toque de grande relevo.
Como alternativa ao modo Voyage, nome adequadamente dado ao modo principal para um jogador, temos o modo Master, no qual a dificuldade sobe e bem, o modo Stopwatch, que é uma corrida contra um tempo especificado pelo jogador, e ainda o modo Playlist, no qual escolhemos as músicas e a ordem que que queremos jogar. Temos ainda o modo World Block no qual um enorme cubo tem que ser eliminado por toda a comunidade mundial de jogadores. Para tal apenas temos que jogar qualquer um dos modos e eliminar blocos para acrescentar à totalidade global.
Qualquer modo de jogo oferece experiência no final da nossa prestação e essa experiência serve para o jogador subir o seu nível e ganhar acesso a inúmeros extras. Como novos avatars, e músicas com respetivos temas. Lumines: ES esforça-se no seu apelo à entre ajuda na comunidade ao permitir que enviem presentes a amigos e troquem itens ganhos com outros membros da comunidade. Tanta mostrar também apelo a médio longo prazo com o desbloquear de novas músicas e com a subida de nível para que sinta sempre que está a jogar com sentido ao progresso e desbloqueio de algo.
Para a Vita Lumines faz-se acompanhado de uns visuais bem ao seu estilo, coloridos e altamente vibrantes, com temas compostos por cores e tons distintos e do mais variado que podem esperar. É surpreendente ver a sensação de estilo que o estúdio tem e a sua interpretação das imagens que as músicas devem ter como companhia é algo que se vai entranhado em nós e conquista. O sentido de estilo amparado pelo espantoso ecrã da Vita resulta num festim visual de grande classe e dificilmente vão ver um jogo de puzzles tão vistoso.
O uso das capacidades da Vita ficam-se como curtas e não vão ter grande impacto na gameplay e na fórmula da série. Controlar os quadrados através do ecrã tátil frontal ou do painel traseiro é apenas um pequeno toque que incute um esquema de controlo diferente mas não é nada que ganhe relevância. Para os temas mais avançados e mais rápidos o controlo tátil pode mesmo sentir-se com uma resposta inferior e fica como uma curiosidade para novatos.
Neste catálogo inicial da PlayStation Vita, Lumines: ES nem tinha que inovar na sua série, bastava estar tal como está que seria, a par de Super StarDust Delta, o grande candidato não a jogo principal mas a jogo acompanhante. Aquele que podemos verdadeiramente jogar em qualquer lado, por duração personalizada e sem quaisquer compromissos. Poderia ter sido aquele jogo que simplesmente todos tinham que ter na sua Vita. Infelizmente, o que aqui temos não é suficiente para justificar o preço pedido e tendo em conta que anteriores jogos saíram a preço mais baixo e somente em formato digital, perguntamos porque não foi tal repetido aqui.
Resumindo, Lumines: Electronic Symphony não está de forma alguma quebrado ou é irrelevante. Pelo contrário, sente-se tão fresco que nem parece ter passado tanto tempo e apesar de somente tocar ao de leve nas funcionalidades da Vita, a sua gameplay continua tão simples quanto fascinante. Seria o mais ideal acompanhamento para as viagens caso não tivessem sido cometidos alguns erros presunçosos e tivesse seguidos recentes opções na sua distribuição. É algo tão simples e relativo mas que acreditamos estar intimamente ligado à qualidade do pacote como um todo.
Lumines: Electronic Symphony volta a ser um dos mais fascinantes títulos de lançamento numa portátil Sony mas sete anos depois, com tudo pelo qual a série já passou e nos deu, sentimos que foram tomadas algumas decisões erradas. Divertido como sempre, o jogo conta com uma fórmula bem simples que procura cativar de imediato o jogador ao criar uma simbiose entre o espetáculo visual e sonoro com a gameplay mas não tem peso e inovação para ser vendido a preço completo. Vendido digitalmente a um preço mais em conta teria sido o melhor companheiro para qualquer um dos produtos de lançamento que escolherem como compra do dia um.