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Mario & Luigi Bowser's Inside Story

Viagem ao centro de Bowser.

Abraçar uma aventura do lado do inimigo passa a ser algo completamente novo quando o fazemos da perspectiva de Bowser. Não é única esta premissa, mas Bowser’s Inside Story tem a particularidade de conseguir apresentar ao jogador uma série de peripécias que proporcionam um enorme conhecimento da personagem; e a experiência de jogo enriquece imenso com isso. A novidade não passa tanto pela possibilidade de controlar o arqui-inimigo de Mario, mas mais por toda a importância inerente à actividade. Toda a sua concepção denota uma grande dedicação e, acima de tudo, muita vontade de dar a conhecer ao jogador traços da personalidade e do verdadeiro poder de Bowser.

Bowser’s Inside Story é o terceiro jogo da série estilo RPG Mário & Luigi. O segundo a ser lançado na portátil da Nintendo. O único no qual podem controlar Bowser. E nós agradecemos pois o Bowser até nem é daquelas personagens detestáveis. É “mau” por ser o eterno rival de Mário, mas não o tipo de “mau” suficiente para repelir uma comunidade habituada a controlar o herói principal. Afinal, quem não gostaria de deitar chamas pela boca e ter super-força?

Mas tudo isto parece um pouco estranho: controlar Bowser depois de tantos anos a lutar pelo bem de Mushroom Kingdom? Na verdade, e como o título indica, Mário e Luigi são, nesta aventura, sugados para o interior de Bowser. Tudo devido ao plano maléfico de Fawful que, após dar a Bowser um cogumelo Vacumm que fez com que este engolisse Mário e companhia, tratou de se apoderar do castelo de Bowser. Mas o plano de Fawful vai muito além disto. As atenções de Fawful viram-se agora para o castelo da princesa, mas Peach está também ela presa no interior de Bowser. Tudo o que se sucede é uma enorme batalha entre a vontade de Bowser vingar-se de Fawful, aliada à necessidade de Mário e Luigi Salvarem a princesa. Com isto, os seus propósitos tendem a cruzar-se culminando no derradeiro objectivo de salvar Mushroom Kingdom.

Sou o mais poderoso.

Ao longo de todo o jogo sucedem-se uma série de peripécias que dão vezes sem conta a volta ao mundo de Mário. Quando comecei a jogar pensei que Mário e Luigi acabariam por controlar directamente o corpo de Bowser ao longo da maior parte da aventura, e que todo o jogo se basearia nisso. Mas não. O jogador tem a possibilidade de controlar ambos os personagens, através de ambas as perspectivas, e tudo porque Bowser não faz a mínima ideia de que engoliu o seu maior inimigo. Movido pela sede de vingança, Bowser segue o seu caminho não poucas vezes ajudado por Mário e Luigi. O elo de ligação é feito através da estrela que acompanha Mário. O fascinante é que tudo é feito com o equilíbrio necessário para que esta aventura se consiga tornar interessante e ao mesmo tempo bem aplicada.

Podemos dividir toda esta esquemática em duas partes. Espacialmente, o jogador utiliza Bowser para se movimentar ao longo do mapa e progredir na aventura geral. A cargo de Mário e Luigi ficam os obstáculos verificados no interior de Bowser, como fugas de força – alturas nas quais os dois irmãos têm que estimular os músculos de Bowser – ou descobrir qualquer outro tipo de problemas no seu interior. Enquanto o ecrã superir fica a cargo de Bowser, o ecrã inferior serve para que se aventurem com os Bros., seja na realização de missões obrigatórias, ou para que a qualquer momento visitem o interior de Bowser. Sempre que o fizerem irão controlar os dois irmãos simultaneamente. Podem saltar e, mais tarde, utilizar um martelo, bem como uma série de outros upgrades. Muitos dos gadgets que adquirirem serão úteis mais propriamente a nível de progressão – nomeadamente para resolver puzzles a meio dos níveis – do que em combate.