Mario Tennis Open - Análise
Super heróis invadem os courts de Mushroom Kingdom.
Para lá dos torneios que se repartem por um conjunto de 16 provas (há uma segunda ronda de quatro provas após vencerem o último torneio e mais um segundo set a disputar dentro de um nível maior de dificuldade), podem escolher o modo exibição, sempre bom para começar a treinar com um segundo jogador e, por fim, os jogos especiais.
Neste último modo, a variedade de partidas não é tão grande como seria de esperar. Ao todo terão quatro provas específicas. Uma bem conhecida é o ring shot, que como o nome sugere, é um convite a endossar as bolas através dos anéis que são colocados no campo adversário. No Ink Showdown, as piranhas atiram-nos as bolas e devemos devolvê-las fugindo à direcção do adversário. O Galaxy Rally repousa numa mecânica mais interessante. Não só porque devemos coleccionar os pedaços de estrelas distribuídos pelo campo do adversário, mas também prevenir que as bolas caiam nalguma zona onde temporariamente desapareceu o piso. Nostálgico e talvez a especialidade mais interessante e bem pensada é o Super Mario Tennis. O campo adversário foi substituído por um ecrã gigante que reproduz um nível de Super Mario Bros. A nossa bola é uma espécie de Super Mario. Quando a enviamos de encontro ao ecrã, ela colecciona moedas e power ups, numa progressão contínua até ao fim do nível. Engenhoso, divertido e invulgar eis aqui uma especialidade que excede as expectativas.
Mario Tennis Open é constituído por aproximadamente duas dezenas de personagens, se consideramos outros atletas que poderão ser desbloqueados. Para existir alguma distinção entre cada um, os produtores colocaram peso nalgumas características. Yoshi sobressai pela rapidez. Boo destaca-se pela capacidade de fazer truques. Bowser tem muita força mas falta-lhe alguma rapidez, enquanto que Peach possui uma técnica acima da média. Se a vossa ideia é fazer um jogo de pares com Mario e Luigi, os dois são bons em quase tudo.
Há também o aliciante de jogarmos com o nosso Mii, inclusive nas partidas on-line. À medida que ganhamos torneios e vencemos provas obtemos pontos que podem ser trocados por novos objectos como t-shirts, raquetas, sapatilhas, ligas de pulso para controlar a transpiração. Elementos que garantem uma boa margem de personalização.
Existe ainda uma boa variedade de courts. Cada um tende a distinguir-se do anterior pelo tipo de piso. No icebergue dos pinguins a bola atinge grande velocidade após tocar no gelo, enquanto que no estádio Mario o efeito do ressalto obedece a um padrão normal. Contudo as condicionantes existentes nos courts não são tão grandes. Os produtores poderiam ter acrescentado mais imponderáveis. Assim fica apenas a sensação de se ter tocado na superfície quando era possível obter mais efeitos e imponderáveis. Pois num jogo onde abundam super poderes seria interessante contar com mais alguns efeitos oriundos da natureza do piso.
Quanto aos efeitos tridimensionais, o destaque não é tão grande como noutros jogos. Aliás, se jogarem com o giroscópio ligado o efeito 3D desliga-se automaticamente. Dentro da perspectiva normal e com o efeito apontado ao máximo poucas vezes ficamos convencidos sobre a sensação de profundidade. Talvez tenha sido uma sugestão da Nintendo em diminuir o efeito para este jogo.
Por fim e quanto aos modos para vários jogadores, ligados em rede ou através de ligação local, Mario Tennis Open abre toda uma chance para divertimento em família ou em grupo de amigos. Desde logo porque quatro pessoas num mesmo espaço que tenham quatro consolas, podem fazer uma partida rápida a pares bastando que uma delas possua um cartucho.
Através da ligação à rede proporcionada por uma renovada Nintendo Network, as ligações até quatro amigos são muito rápidas. Sendo raras as situações onde sentimos problemas na ligação, a qualidade da ligação é boa e permite encontrar um novo nível de competição. Assim, cada jogador arranca com 2000 pontos e somará mais ou verá subtraído o seu pecúlio consoante vença ou seja derrotado nestas partidas de duração personalizável.
Mario Open Tennis é mais uma boa edição da Camelot em parceria com a Nintendo. Ainda que lhe falte alguma da competição e vício que ostenta, por exemplo, Mario Kart 7, é sempre uma opção a ter em conta se o que procuram é bater umas bolas rápidas num court de ténis virtual, usando e abusando dos super poderes de icónicas personagens para fecharem o ponto. Fica a impressão, contudo, de uma gestão algo cautelosa e moderada por parte da produtora. As novidades não são tão grandes e a margem de opções em termos individuais ou para vários jogadores não abunda. Ainda assim, um título bem competente, com qualidade, capaz de proporiconar desafios de ténis bastante divertidos.