Passar para o conteúdo principal

Mark Cerny, mentor da PS5, diz que as consolas são uma "proposta de valor"

Jornada de 40 anos como pioneiro da indústria, das arcades à PS5.

Crédito da imagem: PlayStation

Numa entrevista ao Gamesindustry, Mark Cerny, uma figura lendária da indústria dos videojogos há mais de 40 anos, recordou a sua carreira, desde os primeiros passos como entusiasta de jogos de arcada até à sua atual posição como principal arquiteto da PlayStation 4 e da PlayStation 5.

Cerny seguiu um percurso invulgar na indústria. Trabalhou como programador, designer, produtor e até diretor de jogos, tendo trabalhado em títulos icónicos como Marble Madness, Sonic The Hedgehog 2, Crash Bandicoot e Spyro the Dragon. Destaca a importância da diversidade numa carreira longa, dando especial atenção ao facto da adaptabilidade permitir manter o interesse e a relevância.

Apesar da mudança de foco da criação direta de jogos para um papel mais de apoio, Cerny tem uma grande satisfação em ver jogos incríveis a tornarem-se realidade. Orgulha-se de permitir que os programadores concretizem as suas visões através do trabalho que faz no hardware da PlayStation.

Cerny reconhece a tendência crescente para a criação de jogos multiplataforma e os obstáculos que esta representa para as tecnologias específicas das consolas. No entanto, acredita que as consolas continuam a ocupar um lugar vital no ecossistema dos videojogos. A recente tendência para o lançamento de jogos exclusivos da PlayStation no PC com relativa facilidade demonstra a eficiência da conceção do hardware das consolas. Também considera divertidas as tentativas de construir um PC equivalente à PlayStation 5 pelo mesmo preço, o que reforça a proposta de valor que as consolas oferecem.

Ao aproximar-se dos 60 anos, Cerny recorda os primeiros tempos do desenvolvimento de jogos, quando equipas mais pequenas podiam criar jogos inteiros. No entanto, reconhece a complexidade e a fidelidade visual dos jogos modernos, que exigem equipas maiores e ciclos de desenvolvimento mais longos. Embora a reforma possa estar no horizonte, Cerny garante-nos que ainda tem tempo na indústria, inspirado por figuras como Clint Eastwood, que continuam ativos mesmo na velhice.

Esta entrevista apresenta um pouco da admirável carreira de Mark Cerny, da sua paixão pelos jogos e da sua visão do futuro das consolas no contexto dos videojogos sempre em mudança.

Lê também