Marvel vs Capcom 2
Is Mahvel baybe!!!
No que respeita ao total de 56 personagens disponíveis logo à partida, compreende-se a decisão da Capcom em aligeirar horas de jogo perdidas a promover ao palco novas personagens. Percebe-se que o trunfo deste Marvel está na utilização dos combates em rede e no pleno contacto com os amigos que estejam inscritos nas respectivas listas, pelo que logo a partir daí o modo single player perde algum do peso para a vertente multijogador assim como para a exploração e dedicação a fundo das incessantes e explosivas combinações.
Entre o universo Marvel e a riqueza da produção da Capcom anda o cabaz dividido por mais de vinte personagens de cada banda. Alguns Marvel de miolo; Magneto, Iron Man, Hulk, Wolverine, Sentinel, Cyclops, Spider-Man, Captain América, Juggernaut, etc. Da Capcom; Ryu, Jill Valentine, Charlie, Captain Commando, Morrigan, Strider Hiryu, todos de algumas séries como Street Fighter, Darkstalkers, Megaman e Strider. Entre personagens novas criadas propositadamente e algumas objecto de retoques é impossível não ficar extasiado com o jazigo de figuras. Mesmo que as discrepâncias e o valor de muitas personagens seja variável, não há como falhar numa tripla preparada para ganhar.
A combinação de poderosos e devastadores golpes, bastante simples de executar na sua maioria, tece a evolução dos confrontos neste tag-team de 3 contra 3. Com quatro botões principais para ataques leves e golpes de impacte médio, somam-se mais dois para assistência adjudicada pelos lutadores que aguardam no banco. As técnicas conjuntas são particularmente valiosas e para lá da possibilidade de alteração e repouso de uma personagem alvo de danos constantes, o apoio dado pelas restantes personagens é essencial para abrir mais poderes especiais e alargar as combinações praticadas em conjunto.
Ao nível dos controlos e forma como os comandos respondem às solicitações não há nada a apontar de negativo, pelo contrário. Fazendo uso do Tournament Stick de SF IV da Madcatz a resposta é sempre imediata e todos os inputs se fazem com grande ligeireza, especialmente os golpes especiais. Com o comando, os resultados, embora mais exigentes por comparação com o stick, são igualmente satisfatórios.
No que respeita às opções de jogo Marvel vs Capcom 2 não oferece grande variedade para lá da progressão a solo e entrada nos combates através da rede. É sempre importante a arena de treino como forma de treinar os golpes e combinações, mas na componente individual poderão desfrutar ainda de uma espécie de score attack pelas sete rondas do modo arcade que vos permitirá inscrever um resultado final nas listas de relevo se batalharem com intensidade.
O estilo musical, sobretudo os ritmos baseados em correntes do jazz urbano promovem aquele toque distinto e claramente estas sequências demarcadas funcionam como uma mais valia, mas se não forem adeptos dessa vertente musical poderão editar e definir a vossa playlist.
Em 2009 e para as plataformas XBLA e PS Network, Marvel vs Capcom 2 permanece como uma escolha sublime e particularmente admirável no renascido antro dos fighting games. Sem perder um pingo de forma nestes dez anos e preparado para espalhar pirotecnia nas televisões de alta definição, esta obra da Capcom colhe com sucesso a primeira rama dos confrontos para vários jogadores em rede, em sintonia, aliás, com a desbloqueada constelação de super heróis de duas bandas respeitadíssimas: uma na área dos jogos e outra da animação televisiva ocidental; o reduto Marvel. Acessível, mas uma experiência que leva bem longe quando devidamente explorada. E nem se descortina bem onde deixa de ser actual e começa um clássico.