Mass Effect
Mais um excelente RPG chega ao PC.
Mass Effect é um jogo de decisões, sempre que dialogamos com alguém somos obrigados a decidir qual a via que pretendemos tomar. Algumas decisões tem influência no desenrolar da história mas outras são completamente irrelevantes. De referir que o nosso personagem é levado a optar por dois tipos de abordagem ao jogo. Podemos ser mais amistosos ou simplesmente agir de forma mais agressiva e intimidadora. A nossa escolha vai influenciar a nossa personalidade e o que os outros pensam de nós, para o bem e para o mal.
Voltando novamente ao universo de Mass Effect, nunca é demais referir o excelente enredo criado pela Bioware. Mas o que seria de uma boa história sem uma boa representação? De facto é de louvar a boa qualidade dos diálogos. A locução está muito bem conseguida e as personagens apresentam uma qualidade gráfica bem acima da média. As texturas são muito detalhadas e os movimentos faciais bem realistas. É de destacar a excelência dos extraterrestres a nível visual, simplesmente fenomenal. Mas toda esta beleza gráfica tem o seu lado negativo, somos obrigados a ter um PC já bem potente para correr o jogo em toda a sua glória.
Mas nem tudo é perfeito, em relação aos diálogos temos que referir o facto de alguns serem demasiado extensos, tornando estas fases do jogo algo monótonas, quase que nos convidando a pressionar a tecla “espaço” para avançar no jogo. Em relação ao grafismo, notamos algumas imperfeições ao nível das sombras na face dos personagens, chega a nos distrair um pouco mas nada de muito grave. Outro ponto a apontar é a fraca qualidade visual do mundo que nos rodeia. Apesar de alguns locais estarem visualmente aceitáveis, outros parece que foram esquecidos. Em ambientes interiores as coisas estão aceitáveis mas no exterior de certos planetas as coisas tornam-se bem complicadas. A qualidade gráfica é bastante modesta.
A nível sonoro o jogo não impressiona mas também não compromete. Já foi referida a excelente qualidade da locução das diversas personagens, quanto ao resto, o normal neste género de jogos.
Passemos agora à acção mais propriamente dita. Em Mass Effect a Bioware implementou um sistema bem típico dos jogos em terceira. Movimentos presentes em jogos como Gears of War ou mesmo Uncharted: Drake's Fortune fazem a sua aparição. Recordam-se do sistema de cobertura utilizado em Uncharted: Drake's Fortune? Recordam-se do bem nosso conhecido “sprint” de Gears of War? Mass Effect também os possui.
Quanto aos combates, bem, todos eles são efectuados com armas de fogo, num total de cinco onde não podia faltar uma sniper e mesmo uma shotgun. É claro que também podemos usar poderes Tech/bióticos que muito se assemelha à bem nossa conhecida “força” existente em Star Wars. Com esses poderes conseguimos por exemplo desarmar um inimigo ou desactivar o seu escudo. Combates corpo a corpo não existem em Mass Effect, ou quase, mas muita falta eles fazem. Sempre que um inimigo se encontra junto a nós os combates tornam-se algo confusos.
Um dos aspectos estranhos no jogo é a inteligência artificial dos inimigos. Nos combates efectuados em cenários internos eles revelam-se razoavelmente astutos, tentam esconder-se e quando estão em vantagem não perdem tempo em avançar na nossa direcção. Já em combates no exterior, muitas são as vezes que apenas se limitam a ficar estáticos à espera de morrer. Por falar em exterior, não podíamos deixar de fazer uma referência ao veículo, Mako, que conduzimos no exterior. É simplesmente ridículo e traumatizante o seu controlo, chegando a ser um pouco anedótico os saltos que ele dá quando pressionamos a tecla “espaço”. Sinceramente achamos deveras lamentável que a Bioware não tenha criado um meio de transporte mais interessante.