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Medal of Honor: Airborne

Uma nova abordagem para os fãs.

Vamos lá ser sinceros, First Person Shooters decorridos na Segunda Guerra Mundial já não são o que eram por isso a grande questão é, o que de novo poderá sair de um FPS decorrido na Segunda Guerra Mundial?

Medal of Honor cresceu e tornou-se numa série de enorme sucesso, deu-nos algumas maravilhas mas com lançamentos anuais rapidamente se tornou aborrecida e acumulou algum cansaço. Desde o desembarque que dava início ao “Assalto Europeu” até percorrer as costas do pacífico, parece que nada mais há para conhecer sobre este período, que ao longo de vários FPS`s se viu saturado em tanta quantidade, por vezes não acompanhada de qualidade.

Com este pensamento em mente, torna-se um pouco difícil perceber o porque de mais uma vez a EA apresentar a sua “medalha de honra” durante a Segunda Guerra Mundial. Na entrada na nova geração, a série que já tem o rótulo de mais do mesmo, tentar introduzir algumas novidades que deverão estar ao gosto dos fãs.

A grande inovação deste novo Medal of Honor vem directamente do seu nome, pois no verdadeiro sentido da palavra, nós nascemos no céu. Como pára-quedista, o jogador é entra nas zonas de batalha vindo do céu e é aqui que Airborne se diferencia dos demais. Ao invés de apresentar níveis lineares, no sentido de ir de A até B, aqui temos cenários completamente abertos, dando a possibilidade de aterrar em qualquer ponto. Isto permite ao jogador escolher a forma como quer jogar, um começo mais cuidadoso ou uma entrada furiosa.

Os cenários abertos, permitem esta nova mecânica que também tem influência sobre os objectivos, mais propriamente a maneira como nos são apresentados. No início de cada missão são-nos fornecidos objectivos mas dependendo do local onde aterramos podemos completa-los pela ordem que desejar-mos.

Uma mecânica diferente do habitual, que ganha ainda mais força devido à inteligência artificial. O local onde aterramos, é mais do que uma questão de conveniência, é uma questão de sobrevivência. Aterrar nos locais controlados pelos nossos companheiros permitem um começo seguro apartir do qual podemos progredir, enquanto que aterrar numa zona controlada pelos inimigos, será algo a evitar pois rapidamente seremos derrotados. A inteligência artificial está bastante apurada e apresenta um bom nível de desafio por isso o melhor é evitar ao máximo aterrar nos postos controlados pelos inimigos.

Na sua jogabilidade, Aiborne mantém-se idêntico aos anteriores e o grande destaque vai mesmo para um novo sistema de cobertura implementado pela EA. Durante os confrontos mais intensos, o melhor que temos a fazer é agachar e usar muros ou paredes como cobertura, especialmente se queremos evitar danos mais graves. Agora enquanto estamos agachados e protegidos atrás de muros, isto como exemplo, podemos usar o analógico esquerdo para espreitar e disparar, mantendo-nos assim atrás do muro e alterando entre ataque e protecção rapidamente. Sem dúvida que recorrer a esta nova mecânica é vital e essencial para a progressão.

Visualmente, Aiborne está agradável e coloca-nos em cenários que recriam com boa qualidade a Europa da época. Os personagens apresentam um bom nível de detalhe e animações, e os cenários apresentam boas texturas e efeitos assim como bons pormenores.

Apesar de agradável, no seu geral, Aiborne não consegue ter a “vivacidade” de títulos como Call of Duty 4, que nos conseguem emergir num cenário de guerra de uma forma intensa e brilhante. Aiborne, não se consegue apresentar tão intenso e vivo como se desejaria e por vezes deixa a sensação de que é um pouco “vazio”. Nalgumas ocasiões, mesmo sabendo que estamos num local repleto de tropas aliadas e inimigas, parece que estamos sozinhos.

Para aumentar um pouco a longevidade, o jogo oferece modos multiplayer online mas assim como tudo o resto, não esperem encontrar aqui a variedade de outros títulos.

Podemos dizer que Airborne não é a revitalização da série que os fãs esperam, no entanto é o primeiro passo nesse sentido. A EA, introduziu algumas novidades e apresenta uma jogabilidade ligeiramente refinada, o que deverá despertar o interesse dos fãs da série e até mesmo dos fãs acérrimos de FPS`s. No entanto, não tem argumentos para fazer frente aos actuais gigantes do género.

7 / 10

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