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Metal Gear Solid: Ground Zeroes - Antevisão

O futuro de Kojima para Snake.

Ground Zeroes vai levar a série pela primeira vez para um ambiente de mundo aberto. Basta pensar em Snake Eater cruzado com Just Cause e podemos começar a imaginar, digo eu. Kojima revelou que vamos ter diversas "ilhas" dentro de "arquipélagos" e que o transporte vai ser feito através de helicópteros. O jogador poderá recorrer a estes meios de transporte para viajar entre zonas e ilhas para entrar em missões ou simplesmente passear. Com o jogo ainda nas suas fases iniciais de apresentação à imprensa, as informações estão a ser partilhadas a conta gotas portanto não sabemos se este vai ser o único meio de transporte, e se vamos realmente ter esse tipo de liberdade típica de um open-world Ocidental.

O que foi confirmado pela Kojima Productions, estúdio liderado por Kojima, foi que apesar de um conceito de mundo aberto vamos ter ainda assim algumas interrupções. Aparentemente ao viajar de helicóptero vamos ter direito a ecrãs de carregamento enquanto esperamos para regressar ao jogo. Na maioria dos jogos que conhecemos do género isto acontece quando fazemos um avançar rápido e não queremos presenciar diálogo ou toda a viagem. Vamos aguardar para confirmar como este elemento está a ser tratado.

O que Kojima revelou foi um detalhe bem ao seu estilo, algo que provavelmente mais ninguém na indústria se daria ao trabalho de especificar. Quando BB atira a granada para chamar o meio de transporte, pode saber que está a chegar devido à música que este toca. Tendo em conta toda a componente furtiva tão forte na série, isto não é só para o estilo, temos que ter cuidado onde chamamos o meio de transporte pois pode ser abatido se chamar a atenção de quem não deve. O Voo das Valquírias foi a música escolhida por Kojima para ser ouvida no helicóptero e enquanto Big Boss espera, vai-se espalhando pelos seus arredores o poderio sonoro.

Aceitam-se apostas para descobrirem quem é esta estranha personagem.

Os helicópteros não vão servir somente para nos transportar entre missões ou para pontos que simplesmente queremos visitar, até queremos acreditar que vamos ter outro tipo de elementos secundários que nos vão incentivar a revisitar locais pelos quais já passamos (quem sabe algo ao estilo Peace Walker e a sua parceria com Monster Hunter). Estes meios de transporte vão-nos permitir viajar até à nossa base e aqui temo pela primeira vez de raiz num jogo caseiro um elemento que se estreou em Peace Walker como expansão do conceito de Portable Ops.

Algo tão simples como gerir staff para os diversos departamentos, desenvolver novos itens e armas, ou até melhorar as condições da base, conseguiam em Peace Walker ter um fascínio quase inacreditável. O jogador sentia vontade de nos intervalos entre missões gerir o seu espaço e motivava até a jogar novamente algumas missões e as secundárias. Se Kojima continuar a desenvolver o conceito no bom caminho, como tem feito, podemos ter aqui um elemento que eleva a experiência a novos parâmetros. O que combinado com o conceito de mundo aberto pode tornar a experiência Ground Zeroes numa que não tem igual na série Metal Gear Solid, significando verdadeiramente o tal salto geracional que Kojima vem à muito prometendo.

Muito existe ainda por descobrir sobre Ground Zeroes e como qualquer Metal Gear Solid, é fascinante poder acompanhar a viajem de descoberta. Esta é provavelmente a única série, que apesar de ser a minha favorita, não me importaria que ma apagassem da mente só para a poder voltar a jogar de novo e descobrir tudo pela primeira vez de novo. Quem é o estranho homem de face desfigurada? O que significa XOF? Que tipos de engenhosas novas formas de jogabilidade vai Kojima incorporar para elevar Ground Zeroes acima de qualquer outro? Como vão ser os bosses e como vão influenciar a história? Há tanto para descobrir e uma vontade tão grande que até parece injusto Kojima não ter apresentado mais.

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