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Metro 2033

Será este o nosso futuro?

Cada um vê o fim do mundo, o Apocalipse, a revelação, à sua maneira. Como aconteceria, o que restaria da Terra e como os seres humanos viveriam após a devastação total. Nos últimos tempos temos vivenciado filmes sobre o tema, e claro está, variadíssimos jogos. É um assunto rico, que dá uma grande margem de manobra para quem redige a história. No meu íntimo, também gostaria de saber como seria um mundo pós-apocalíptico, não que isso fosse o meu desejo, mas para saber como seria a adaptação da raça humana a tal destino, se é que ficaria alguém para tal.

A 4A-Games também quis contar a sua visão, contar o que se passou numa Moscovo dizimada, onde os humanos apenas conseguem sobreviver no metro da cidade. Em Metro 2033 somos Artyom, nascido após a guerra, e como tal, não conhece outro mundo senão o dos túneis, dos monstros, e uma superfície agreste impossível à raça humana.

Esta é uma história comum e muito linear, Artyom percorre os túneis do metro de Moscovo para completar missões, em busca de algo que nem ele sabe. Os vários objectivos são concluídos de uma forma muito objectiva e linear. Caminhamos pelos túneis, mas também existem algumas incursões pelo exterior. Sempre que nos dirigimos à superfície, há que dar uso à nossa mascara de gás, já que o ar encontra-se contaminado.

Efeitos de luz são impressionantes.

Antes de avançar, não posso deixar de referir que Metro 2033 transpira a S.T.A.L.K.E.R. por todos os poros, facto aceitável já que é a mesma produtora. Quando se percorre o jogo, todo o ambiente, a música, as vozes, e até o visual, são muito semelhantes a S.T.A.L.K.E.R. Não que isso seja mau, é apenas uma observação, mas é claro que as semelhanças acabam aqui, já que estamos perante um jogo mais fechado, mais linear e sem quaisquer elementos RPG.

Nesta caminhada, pelo submundo de Moscovo, encontramos diversos obstáculos, vários aliados e muitos inimigos. A construção artística do jogo é o que mais me agradou, muito pela boa recriação de um mundo subterrâneo credível e pela grande qualidade do grafismo. A preocupação com o visual é bem evidente quando percorremos Metro 2033, há uma excelente combinação de vários elementos, como efeitos de luz, nevoeiro, e até o pormenor do gelo que se forma na mascara de gás quando saímos para o exterior. Nem mesmo algumas texturas com fraca qualidade retiram a beleza visual de Metro 2033. Nunca esquecerei quando subi uma escada em direcção ao exterior, e senti o vento a bater na cara, vento esse gelado, seco, e agreste, criando gelo na viseira da mascara de gás. De facto, o visual é mesmo um dos seus pontos fortes, já que a nível sonoro temos alguns problemas, que vão desde o pouco convincente som das armas, até a certos erros na colocação das vozes em relação ao que se vislumbra no ecrã.

Conseguimos sentir o gelo na viseira da mascara de gás.

A progressão é rápida e linear, como já tinha referido, sendo tudo muito acelerado e sem grandes surpresas. Para esse efeito, temos à nossa disposição um bom arsenal, facas, pistolas, caçadeiras, armas de pressão, explosivos, e claro, a famosa Kalashnikov (AK-47). Também temos uma mascara de gás, kits de medicamentos, óculos de visão nocturna e uma lanterna.