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Michel Ancel: "Temos que largar o termo indie"

Outros produtores também concordam.

Numa sessão de perguntas e respostas, durante a Gamescom, Michel Ancel, que atualmente trabalha em Wild para a PlayStation 4, confessou que temos que largar o termo indie.

Ancel questiona que vivemos numa altura em que o termo terá que deixar de ser usado pois não tem de forma alguma o mesmo significado que há 7/8 anos atrás.

"Não devemos dizer 'jogo indie'. Devemos dizer 'jogo realmente inovador', não baseado nos valores de produção e milhões de dólares. Podíamos dizer que um jogo indie é um produto pixel que custa 10 dólares mas penso que é mais do que isso. É um jogo de pessoas reais com paixão e visão, e conseguem expressar essa visão. É isto que poderia definir um jogo indie."

Rex Crowle do Media Molecule concordou dizendo que o termo poderá significar jogos com um pensamento mais independente do que aqueles com um modelo financeiro por trás.

"Podes ter um jogo muito indie que na verdade é um FPS muito genérico e podes ter um jogo AAA gigante, de alto orçamento, centrado nas emoções. Essas divisões já não existem."

Paul Rustchynsky do Evolution Studios disse por fim que as linhas estão cada vez mais finas e é difícil distinguir. "Existem jogos bons e maus, estão todos na mesma piscina."

"Não deveríamos dizer 'AAA', não deveríamos dizer 'indie'. São jogos e todos têm os seus elementos únicos."

Dylan Cuthbert do QGames apresentou The Tomorrow Children para PS4 na Gamescom e confessou que a noção de 'indie' está datada e que existem muitos programadores indie que são profissionais, ganham muito dinheiro com os seus jogos indie. "Ainda são indie? Quem é que quer saber disso?"

O termo indie poderia ser associado a pequenas equipas que são forçadas a se auto-sustentarem para lançar os seus jogos mas também temos estúdios como o Ninja Theory que apesar das suas grandes produções, está a produzir um indie.

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