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Miles Morales: o melhor Spider-Man ganha novos "poderes" no PC

Jogar em ultra-wide é maravilhoso.

A chegada dos jogos PlayStation ao PC está a tornar-se cada vez mais normal. Basta olhar para o ritmo de lançamentos ao longo de 2022. Spider-Man: Miles Morales é o quinto jogo dos consagrados estúdios PlayStation a aterrar na Master Race nos últimos meses, juntando-se a vários outros que foram sendo lançados desde 2020 (tudo começou com Horizon: Zero Dawn).

Apesar de ser uma plataforma nova para a companhia, a PlayStation não cambaleou e manteve nos seus ports para PC a mesma qualidade imaculada pela qual é conhecida. É certo que a base, isto é, os jogos em si, já tinham uma qualidade extraordinária, mas ainda vivemos numa realidade em que algumas versões / ports para PC não têm todas as funcionalidades e extras desejados.

Não é o caso das versões PC dos jogos PlayStation. Tal como o seu antecessor, a versão PC de Miles Morales inclui um enorme leque de definições gráficas e opções que te permitem ajustar a experiência ao hardware da tua máquina. O jogo apresenta grande versatilidade, mas se a tua ambição é maximizar tudo, não deixas de necessitar de um PC monstruoso, sobretudo de uma placa gráfica de topo.

As maravilhas do ultra-wide

Uma das melhores coisas dos ports PC da PlayStation é poder jogar em formato ultra-wide. O nosso setup tem neste momento um monitor 21:9 com 34 polegadas da AOC e jogar Miles Morales é estupendo. A área extra nas laterais torna a experiência mais imersiva e dá-nos uma visão ainda maior do mágico horizonte de Manhattan, coberto de arranha-céus. Mas esta "brincadeira" tem consequências no desempenho, caso não tenhas uma placa gráfica realmente potente.

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A nossa RTX 3070 foi facilmente maximizada enquanto brincávamos com as definições (o jogo depende na maioria da gráfica, o CPU Amd Ryzen 5600 ficou a metade da utilização). Para jogar acima dos 60 FPS e com ray-tracing ligado, foi preciso reduzir ligeiramente as opções gráficas (de Muito Alto para Alto) e recorrer ao DLSS da Nvidia (apenas uma das soluções oferecidas; tens também AMD FSR 2.1, IGTI, e Xess da Intel).

Mas como já tinha dito na review à versão PC de Marvel's Spider-Man, creio que a experiência ideal consiste em ter taxas mais elevadas de fotogramas, se tiveres um monitor ou TV compatível, é claro. Jogar a 120 FPS (ou mais) dá-te uma inexprimível fluidez na jogabilidade. Claro que é cenário ideal é ter a máxima qualidade visual e máxima fluidez, só que isso só está ao alcance das melhores configurações de hardware.

As opções gráficas que vais encontrar na versão PC.

Para configurações de média gama, o cenário ideal é desligar o ray-tracing (que acaba por não ter nenhum impacto na jogabilidade, tudo acontece demasiado rápido para prestares atenção aos reflexos) e recorrer a alguma solução de upscaling para aumentar ao máximo a taxa de fotogramas por segundo.

Uma experiência mais curta, mas intensa

Comparativamente ao seu antecessor, Miles Morales é um jogo com menor duração. Se me permitem a subjectividade, acho-o melhor. O primeiro Spider-Man podia tornar-se bastante repetitivo, principalmente devido às missões secundárias repetitivas. Ao ser mais curto, essa repetitividade nunca chega a Miles Morales. E além disso, tem mais variedade na jogabilidade graças aos poderes extra de Miles, como a invisibilidade e electricidade biológica.

Não me vou alongar mais. Se queres saber mais sobre Spider-Man: Miles Morales, recomendo a nossa review à versão PS5 (no conteúdo, a versão PC é idêntica). Quanto à qualidade deste port, está em linha com os anteriores da PlayStation. Mantém-se o suporte para o Dualsense (mas também outros comandos, como o da Xbox), há vozes e texto em Português, e tem uma vasta lista de opções que permitem superar a qualidade da versão PS5, se tiveres o hardware necessário, ou ajustar a carga à tua build.

Como nota final, e na pele de alguém que platinou Miles Morales na PS5, senti falta de uma opção para importar o meu ficheiro de gravação para a versão PC.

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