Ministros japoneses não querem saber de Assassin's Creed: Shadows
Não comentam jogos nem obras de ficção.
Assassin’s Creed: Shadows está a dar imenso que falar na internet devido à representação de Yasuke como um samurai, algo que está a marcar um jogo que para muitos é aguardado com enorme desejo. Afinal de contas trata-se um jogo desta série da Ubisoft no Japão Feudal.
A autenticidade das escolhas da Ubisoft têm sido colocadas em causa desde o anúncio oficial do jogo em junho, o que até motivou historiadores a comentar e a própria companhia a prestar uma declaração. Nesse comunicado, esclarece que está a tomar liberdades criativas num trabalho de ficção, que é acima de tudo um videojogo, pensado primeiro para divertir.
Agora, cerca de um dia após esse comunicado, chegam notícias do Japão que mostram como o caso realmente chegou ao governo japonês. No entanto, os ministros japoneses responderam que não querem saber de um videojogo, uma vez que é um trabalho de ficção, algo que nem sequer lhes diz respeito.
De acordo com o relato apresentado pelo japonês Sankei partilhado pelo GamesRadar, o Ministério da Economia, Comércio e Indústria disse que não é um assunto de relevância política, que nem sequer vão comentar um jogo. O Ministério da Educação comentou que somente tomam medidas se um jogo desrespeitar a ordem e moral públicas, com potenciais efeitos negativos nas crianças, o que não parece acontecer neste caso.
As respostas apresentadas pelo governo japonês às questões de Satoshi Hamada do Partido NHK, um partido envolvido em várias polémicas, relembram que as autoridades japonesas não censuram trabalhos de ficção, mesmo que seja construída a partir da história. Somente casos de nudez ou violência extrema poderá o governo intervir para bloquear um lançamento.
Para o Ministério da Educação, a postura permanece “evitar comentar jogos individuais” ou assuntos sem interesse político.