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MotorStorm: Apocalypse

Um novo mundo para explorar.

Pela primeira vez temos a possibilidade de personalizar os nossos veículos, com capas, decalques e peças. Esta é uma das características pedidas pelos fãs de Motorstorm, pois os anteriores apenas podíamos escolher entre X número de skins dentro de uma categoria de veículo. Pouco mais foi revelado sobre a personalização, nomeadamente o grau de personalização. Estão prometidas também cinco novas categorias de veículos, os Super-car, os Muscle-car, os Hot hatch, a Super-bike e a Chopper, que se juntarão a todos os outros veículos que apareceram nos jogos anteriores.

No evento de Londres apenas estava disponível uma pista, com a escolha de um veículo. Algo novo na série é também a volta lançada. Vem retirar todo o espectáculo inicial de apitos e piropos virtuais que pautavam as grelhas de partilha dos primeiros jogos. Como não fomos contextualizados, pois poderá ter algo a ver com a história, a volta lançada é uma inclusão não muito agradável. Os quinze veículos concorrentes já se encontram todos à nossa frente, dificultando um pouco as ultrapassagens numa fase inicial.

A cidade estava destruída, com pedaços de edifícios a caírem, permitindo alterar o nosso percurso. O efeito de prédios enormes a desmoronarem-se à nossa frente está fantástico, dando uma sensação de pequenez quando furamos pelos blocos de cimento. A pista variava muito, desde estarmos à superfície em plena estrada, como de repente cairmos dentro de um circuito de metro. O jogo pareceu ser mais difícil, pelo menos na primeira hora de jogo ainda não tinha conseguido terminar em primeiro lugar, mas com muito esforço lá consegui colocar o meu nome em... abaixo do primeiro lugar, que, ainda bem, era outro colega português. A pista já tinha imensos detalhes e não fosse a palavra "pré-alfa", diria que era uma versão bem avançada, deixando antever um resultado final bastante satisfatório.

Versão pré-alfa com muito bom aspecto.

O jogo agora está muito mais dinâmico e com muita acção. Antes era apenas o espectáculo visual dos carros a entrarem em combate, agora temos uma cidade completamente em ruínas, em total destruição, havendo acontecimentos, a maioria deles, senão todos, scriptados, dando um aspecto visual ainda mais poderoso. Por falar na cidade, em termos de contextualização, têm havido terramotos que vão deformando a cidade de muitas formas. Por isso é uma constante de edifícios e pontes a cair em cima de nós, alterando o trajecto. Neste aspecto a comparação com Split/Second é inevitável, salientando apenas que neste último somos nós que fazemos explodir com os edifícios.

Estes terramotos que têm assolado a cidade motivaram um ambiente de guerra e motins entre as populações. Muitos fugiram, mas os que ficaram, os chamados malucos, estão em constante guerra com as cooperações militares que foram contratadas por pessoas influentes na cidade. No meio de tudo isto aparece o festival dos Motorstormers, nada bem-vindo por qualquer das facções em guerra. Outra novidade que poderá dividir pessoas, ou até criar um pouco de polémica, é a possibilidade de atropelar os peões nas ruas. Podemos atropelar, à boa maneira de Carmageddon, bandos rivais ou simplesmente os militares que disparam contra nós. Estes por sua vez tentam abater-nos, disparando contra nós, destruindo edifícios, e até mesmo com cocktails molotov.

Corre, corre, bandido.

Estas novas características vêm trazer um jogo renovado, muito diferente dos anteriores em termos "cobertura", mas igual em estrutura. Pois embora tudo isto, todo este espectáculo visual possa ser interessante, na prática não é mais que uma desculpa para embelezar o conteúdo. O jogo joga-se à Motorstorm, e isso em si basta para ser bastante agradável. Embora ainda em pré-alfa, já demonstra uma qualidade gráfica muito boa, bem como todos os efeitos visuais, desde os efeitos de luz, de partículas, o fumo e fogo. É de realçar também o sistema de destruição dos veículos, com muito maior detalhe e impacto visual.

Motorstorm: Apocalypse será lançado somente em 2011 e está em produção desde Junho de 2008, altura da produção final de Pacific Rift. Estão prometidas resoluções de 720p e pela primeira vez 1080p a 30fps. Com mais de 40 pistas, e promessa de um modo multi-jogador online ainda mais competitivo e melhorado. Como primeira impressão, e ainda não experimentando em detalhe todo o sistema de história, e como isso irá resultar num jogo mais dinâmico, posso dizer que fiquei muito agradado, não só pelo que já foi conseguido atingir, mas principalmente pela renovação da série Motorstorm, sendo para já um salto de grande qualidade.

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