Napoleon: Total War
Impiedoso e temível.
Total War está de volta, e com um “aliado” de peso, Napoleão Bonaparte, Imperador implacável e temido, que mudou para sempre a história da França, e até da humanidade. Depois do fantástico Empire: Total War, que eu próprio analisei, recebendo um merecido 9/10, esta incursão pelo “mundo” do Império Francês é mais do que merecida. Napoleon: Total War é de facto um nome imponente para um videojogo, criando desde logo um sentimento de conquista, muito devido ao modo como a campanha está construída.
Quem jogou Empire: Total War não irá notar grandes diferenças em termos técnicos, no global. Visualmente é muito semelhante, com um boost visual, que é notado tanto nos vídeos CGI como no próprio jogo. Interface, tutoriais, e até a própria jogabilidade estão intactos e até refinados, contribuindo para que a qualidade seja mantida e até superada.
Mas afinal o que tem este jogo para nos oferecer? Temos três campanhas, na primeira comandamos o exército francês no norte de Itália, temos que conquistar até conseguirmos desbloquear o caminho até Áustria, para depois a conquistar. A segunda leva-nos até terrenos áridos e quentes, partimos à conquista do Egipto, em 1798. Por último, temos a campanha da Europa, onde o Imperador Napoleão parte à conquista deste território, também podemos escolher o lado oposto, comandamos uma facção que tenta derrubar Napoleão Bonaparte.
O jogo está agora organizado por turnos de Duas Semanas, contrariamente ao anterior que era mais por séries de seis meses. Esta alteração veio modificar bastante a mecânica de jogo, tudo leva mais tempo a construir, já que o tempo disponível também é superior. Outro aspecto importante, com a introdução dos turnos de Duas Semanas, está relacionado com as estações do ano. O Verão dura mais tempo, o frio do Inverno está mais implacável do que nunca, há que ter estas variáveis em consideração, já que vão influenciar o que é feito nesses períodos.
A deslocação dos nossos exércitos pelo mapa também é afectada pelo terreno em que se encontram. Tudo conta, sejam desertos, montanhas, planícies geladas. Ao longo do caminho vamos perdendo unidades, que serão repostas automaticamente, se estivermos em zonas controladas pela nossa facção. Há muitas mais condicionantes com a implementação do novo sistema de turnos, tendo o jogador que as gerir com mestria.
As batalhas também sofreram algumas melhorias, os generais têm mais influência na moral das unidades, há que os saber preservar, estes são uma grande ajuda para as unidades que se encontram com a moral em baixo, há que os deslocar para os pontos críticos. Temos ao nosso dispor 355 unidades da era napoleónica que farão as delícias dos fãs da série.
Tudo está muito bom, no campo visual, desde as unidades, o fumo das armas de fogo, a lama, os edifícios em chamas a ruir, a destruição causada pelo impacto dos nossos canhões. Todo o ambiente está mais refinado, com uma construção artística acima da média, diria, superior a Empire: Total War.
Mas todas estas pequenas melhorias e alterações serão suficientes para a aquisição de mais um jogo da série? Ou será muito idêntico a Empire: Total War? Jogando os dois ao mesmo tempo, sim, joguei lado a lado, notam-se progressos, mas não são demasiado significativos. Ainda falta algum tempo até ao lançamento do jogo, também não tive a oportunidade de experimentar as batalhas navais e a Campanha da Europa (não disponíveis na preview). Vamos acreditar que a Creative Assembly sabe mesmo o que está a fazer, há que refinar o motor e corrigir erros herdados. Mas acreditem, temos aqui muito potencial, podendo mesmo tornar-se numa referência da estratégia virtual.