Naruto Ultimate Ninja Storm
Impressões da Games Convention.
Mas a fatia maior deste bolo é modo missão, o segmento de aventura que permite a Naruto circular livremente por uma cidade/aldeia, a Hidden Village, ponto de estação e partida para os múltiplos combates e missões que seguem de perto os episódios da série. Lá o nosso Ninja poderá conversar com os residentes, circular livremente pela cidade e até usar os fios dos postes eléctricos para balouçar, subir aos telhados e treinar os golpes. Diga-se desde já que os diálogos falados estão em inglês e japonês original, numa directa correspondência com o interesse dos fãs.
Os presentes arrancaram uma gargalhada quando Matsuyama executou o Naruto Cannon, um movimento que permite ao herói projectar-se como um míssil para áreas mais afastadas. Será útil para descobrir pontos anteriormente inacessíveis na Hidden Village. As missões a cumprir estruturam-se em função das séries. À medida que se avança na narrativa vão sendo desbloqueadas as mission arcs, que correspondem às cinco da série original.
Para contar a história são apresentadas magníficas cut-scenes, expostas à custa do poderoso motor gráfico. A caminhar para o final da apresentação Matsuyama mostrou um derradeiro encontro na floresta entre Naruto e Gaara. É aí que este vai convocar um terrível monstro que os fãs saberão muito bem quem é, o Shukaku, de proporções gigantescas e que vai deixar a nossa personagem à nora para se desenvencilhar daquele problema.
Os controlos aplicáveis no free battle mode transportam-se para este confronto, sendo a habilidade e escolha dos movimentos adequados determinantes para levar de vencida a pesada besta. Para tornar a batalha mais entusiasmante os produtores acrescentaram à demanda um conjunto de quick time events, ou seja, sequência de botões a pressionar num breve espaço de tempo. Perguntámos ao produtor a influência desta inédita opção. Curiosamente Matsuyama confessou ter-se inspirado em jogos como Kingdom Hearts.
E quando lhe perguntamos como fez para criar as cenas de animação, o japonês disse-nos “que tiveram o apoio da TV anime e artistas de programação, tendo trabalhado ainda com o estúdio Pierrot”. Ninja Storm, pelo que vimos na apresentação, mostra-se bastante promissor, preparando-se para superar muito do legado anterior da série no que concerne aos jogos e mais do que batalhas há um prolongado sentido de exploração à espera.
Infelizmente não terá uma componente para jogar em rede, ideal para os amigos que partilham o entusiasmo pelas personagens, mas este é o primeiro Naruto da nova geração Sony e ficamos convencidos que há potencial para nem só os fãs da série seguirem de perto as missões do pequeno ninja em exclusivo na PS3 para o final deste ano no continente europeu.