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Nathan: Thieves Fortune

A sorte favorece os audazes.

O final é envolto em rédeas de felicidade e o futuro parece risonho para o grupo de aventureiros e se no primeiro jogo eram as dificuldades extra que nos desafiavam, aqui a Naughty Dog respondeu a uma das maiores exigências da indústria, a inserção de uma componente para vários jogadores, tanto competitiva como cooperativa. Este é um dos elementos que mais ditou a evolução em Uncharted 2: Among Thieves e um dos elementos que certamente será alvo de grandes atenções quando o próximo chegar. Isto porque, enquanto novidade e elemento de distinção dentro da sua plataforma, esta componente triunfa incontestavelmente, mas perante outras experiências dentro da indústria, os modos para vários jogadores de Uncharted tem espaço para grandes evoluções.

O certo é que tanto o modo competitivo, alvo de uma beta antes do lançamento que ofereceu um primeiro gosto do que estava a ser preparado, como o modo cooperativo, são de uma diversão única na consola de alta definição da Sony e desde o seu lançamento que foram introduzidas várias novidades, como conteúdos adicionais, e melhorias. Mesmo assim, apenas os modos cooperativos pareceram trazer algo de realmente novo para a mesa, falando em termos globais pois os modos competitivos nada de novo pareciam oferecer especialmente aos que já tinham tido contacto com experiências de referência como Gears of War na Xbox 360. Acima de tudo, mais parecia que estava a ser dada uma resposta à necessidade imperativa de ter algo dentro dos moldes da referida experiência de referência existente numa plataforma rival do que a de levar o género em frente e para território novo. Tal deve ficar para o terceiro jogo no qual a Naughty Dog já deverá ter mais experiência neste aspecto.

Comigo ou contramigo.

Mas não existem dúvidas que é um elemento que impulsiona toda uma qualidade e que torna o pacote mais coeso. O seu estrondoso sucesso a nível mundial prova que não só é uma referência na indústria da actualidade como provavelmente vai figurar na história dos videojogos e todos os ajustes e arranjos sobre o primeiro resultaram. A nível pessoal o tom mais "inocente" e descomprometido do primeiro conseguem ainda hoje ter maior valor e a sequela de maior acção kick-ass parece ser uma medida necessária para conquistar o mercado Norte Americano que ficou indiferente ao primeiro. A criação do "Gears of War da Sony" ou então se preferirmos de uma experiência nos tons do que Gears of War e Gears of War 2 representavam para a Xbox 360 sem recorrer às problemáticas que elaborar mais uma nova propriedade intelectual iria causar, tiveram o seu efeito pois se o primeiro passou despercebido, o segundo não só foi o jogo mais vendido no mês de estreia como se tornou no exclusivo PlayStation 3 da Sony que mais unidades vendeu num menor espaço de tempo. Quase quatro milhões de unidades vendidas e a unânime aclamação dos fãs e críticos conferem a Uncharted 2: Among Thieves um estatuto único e honroso na indústria dos videojogos.

O grande trunfo da Naughty Dog parece ter sido a sua capacidade de resposta às exigências da indústria e da própria Sony conseguindo apresentar trabalhos com impressionante grandiosidade mesmo quando parecem envoltos em igual humildade. Tal como a Epic fez para a Microsoft, também a Naughty Dog ofereceu um título que vai definitivamente marcar a sua plataforma e a sua inteligência também pode ser medida na forma em que criou um universo com imensas capacidades para crescer, com personagens e histórias potencialmente interessantes de conhecer, e que até já se começou a expandir a novos meios. É o caso da banda desenhada Uncharted: Eye of Indra, cujos eventos decorrem antes do primeiro jogo, e ainda do filme que por estes dias vai dando que falar.

O futuro certamente vai passar por um ambiente diferente mas Drake vai manter as suas armas prontas.

O passado e o presente de Uncharted são de ouro e perante especulações sobre o terceiro jogo, muito se vai tentando adivinhar. As mais recentes especulações falam numa aventura no deserto e surgem ainda comparações com filmes de Indiana Jones, que pessoalmente me trazem bastante alegria. Por vezes para falar no futuro temos que olhar para o passado e ao fazer isso levantam-se algumas curiosidades. Certamente que os fãs dos anteriores trabalhos da Naughty Dog se lembram de como o primeiro Crash Bandicoot decorria em ambientes de selva enquanto que o segundo na altura conquistou os fãs ao dotar-se de novos ambientes em cenários repletos de neve. O terceiro jogo já levava Crash a viajar no tempo com alguns níveis a apresentar cores e ambientes a lembrar desertos. Passando para as aventuras de Jak & Daxter, o primeiro jogo da segunda trilogia Sony da Naughty Dog também apresentava um alto foco num ambiente de selva, já o segundo centrava-se em redor de uma cidade mas o terceiro decorria inteiramente num deserto. São pequenas curiosidades e pequenas pistas que nos podem indicar o futuro da série, antes do Uncharted: Nathan Team Combat Racing ou algo por aí.

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