Need for Speed: Most Wanted - Análise
Sentido de adaptação.
Most Wanted é o estatuto a atingir por todos os candidatos e amantes de corridas clandestinas, pelas ruas vertiginosas de Fairhaven. Esta nova aposta do conceituado estúdio Criterion é um presente para os fãs da série e da produtora. Muita da alma de Burnout Paradise, outro jogo do estúdio, está aqui, mas claro, com um toque próprio e com as suas particularidades, que fazem de Need for Speed uma franquia que não parou no tempo.
O cenário escolhido é a já referida cidade de Fairhaven. Com a sua baixa recheada de arranha-céus, ruas de asfalto e betão por todos os recantos. As vias rápidas são um convite à velocidade estonteante, os becos e as zonas industrializadas fazem as delícias dos mais audazes. A cidade é suficientemente grande, levando o seu tempo a ser memorizada. É o palco ideal para o que vem a seguir, velocidade no seu estado mais puro.
Need for Speed Most Wanted é sobre carros e velocidade, é essa a ideia que é transmitida logo desde o primeiro momento, com o acesso rápido a carros de sonho. Inicialmente, as aparências podem enganar um pouco. Os veículos não são tão rápidos como gostaríamos, levam o seu tempo a atingir grandes velocidades, e o seu manuseamento é até um pouco grosseiro. Mas a Criterion tem tudo bem arquitetado, pois à medida que vamos avançando no jogo, com as corridas a surgirem umas atrás da outras, com o conhecimento dos percursos, a aquisição de upgrades, a experiência passa para outro nível.
O sistema de upgrades está bem elaborado. Todos os carros têm acesso a várias melhorias, desde pneus para determinados pisos, diferentes caixas de velocidades, alteração da robustez do chassi, e vários tipos de nitros. As corridas mais difíceis requerem diferentes personalizações, e o jogo corresponde. Temos a liberdade de escolher qual o upgrade que queremos em determinada característica do carro, criando desta forma diversas variações do mesmo modelo de carro. Mais parece que estamos perante um shooter multijogador, em que configuramos tudo ao nosso gosto.
O modo singleplayer é bem interessante, com acesso a um número bem elevado de carros deslumbrantes. Porsche, Lamborghini, Mercedes, McLaren, Lexus, Ford, Austin Martin, Alfa Romeo, Lancia, e muitos mais. Estes veículos fazem as delícias de todos os amantes de carros. O design de cada um é de alto nível, recheados de pormenores, grandes detalhes, tudo feito com intuito de não desapontar. O som também está com qualidade que seria de esperar, a condizer com o carro em questão.
Cada carro tem ao seu dispor apenas cinco eventos, infelizmente. Mas olhando para o lado positivo, somos induzidos a experimentar praticamente todos eles. Temos desta forma uma experiência completa, pois cada carro reage de maneira diferente. Os eventos podem ser desde corridas por voltas, de costa a costa, e até fugir da polícia. As diversas opções do jogo são facilmente acedidas através do fantástico e intuitivo EasyDrive. Tudo é acedido através do d-pad do comando, é tudo muito intuitivo e de fácil acesso. O EasyDrive dá acesso ao Autolog, aos eventos, aos veículos, às personalizações, ao multiplayer, etc.
O modo singleplayer rege-se pela acumulação de Speed Points, que definem o nosso nível Most Wanted. Os SP são adquiridos de diversas maneiras, ganhar eventos com os diversos carros, andar em sentido contrário, passar nos radares a altas velocidades, saltar em pontos estratégicos espalhados pela cidade, e muito mais. Basicamente, tudo o que envolva velocidade e adrenalina serve para acumular SP. O objetivo do jogo é chegar ao topo da tabela Most Wanted, e para tal temos que derrotar os rivais em duelos. Sempre que ganhamos um evento Most Wanted temos a possibilidade de obter à força o carro do rival, fazendo com que este se despiste/Shutdown.
Há muita diversão no modo para um jogador. Temos muitos eventos, uma enorme quantidade de carros, segredos para desvendar, atalhos a conhecer, e principalmente, muita adrenalina. O jogo chega a tornar-se viciante, e sempre que uma corrida termina, estamos prontos para a próxima. Há um apelo para experimentar o próximo carro, sentir o roncar do motor, saber a sua capacidade de lidar com as curvas, com as derrapagens.