Need for Speed: The Run
Uma corrida com história.
A equipa de produção batalhou sempre numa única tecla. Os momentos fora do carro são para contextualizar o jogador, dando-lhe uma nova visão de uma história em volta de uma corrida de carros. Podemos nessas sequências fazer uso dos QTE, para saltar, abrir portas, lutar e tentar fugir de um carro acidentado, conforme mostrado e jogado por nós.
Pegando já no nível que joguei, o final leva-nos para uma situação de stress, onde após um aparatoso acidente ficamos presos no carro. Para cada situação destas, iremos ter diversas opções, digo, escolha de botões, mas apenas uma está correta e fará avançar a cena. Neste caso em particular, poderíamos tentar partir os vidros do carro, mas a solução era desapertar o cinto. Tentei ao máximo errar, mas o jogo não penaliza o erro nestas situações. Ou seja, existe um fio condutor e as diversas escolhas apenas servem para conferir um maior grau de stress.
Por esta razão não esperem saírem do carro a qualquer momento e andarem num mundo Sand-box. Muitos poderão achar isto limitado, mas pessoalmente achei interessante, principalmente se as cenas "jogáveis" forem introduzidas dentro de um contexto credível e que nos faça crer que somos participes de toda a ação. Não podemos esquecer que Need for Speed: The Run é um jogo de corridas, tendo este novo acrescento e um maior foco na história que transporta o jogo.
Agora aqui é que entra a grande questão. Como jogo de corridas, não posso dizer que fiquei entusiasmado. Todo o ambiente de Need for Speed está lá, isso não existe dúvida. Mas ainda existe muito por onde limar o jogo. Existe falta de velocidade, parecendo antes que anda à velocidade de caracol. Aliando a isto, temos algumas situações em que parece que nem estamos a conduzir o carro, principalmente quando passa para a vista aérea, quando estávamos a fugir de um helicóptero da polícia. Esperamos melhorias neste aspeto para a versão final, ou mais próximo do lançamento.
O jogo é sustentado pelo novo motor de jogos da DICE, o Frostbite 2, que dá todo o poder a Battlefield 3. Este novo motor não é apenas gráficos e efeitos. A parte sonora é um dos grande trunfos do jogo. Como tenho vindo a referir, os jogos atuais fazem uso de sofisticadas técnicas de imersão sonora que poucos chegam a conhecer e presenciar o seu potencial. Mas é a nível gráfico que o motor de jogo também se destaca.
Por ser um jogo que leva-nos a percorrer diversos ambientes, podemos contar com o poder gráfico e de destruição do Frostbite 2 a esse respeito. Podemos contar com destruição das estradas por causas naturais, como quedas de pedras e outros acontecimentos durante as provas. Ficou prometido uma recriação de topo de todos os elementos dos ambientes das cidades e locais onde iremos visitar. As promessas estão feitas, agora falta cumprir, pois para já apenas vimos um nível de cidade durante a noite.
Need for Speed The Run é uma evolução da série para um panorama mais cinematográfico, Alia uma boa história a um jogo extremamente conhecido. Para já esta mistura funcionou muito bem, sendo credível tudo aquilo que se passou. Fugir da polícia, roubar o carro patrulha e depois ser perseguido novamente pela polícia tem a sua lógica e é emocionante jogar. Já o mesmo não poderei dizer da jogabilidade da condução propriamente dita, onde existe margem para melhorar.
Need for Speed: The Run será lançado no dia 18 de novembro para a Xbox 360, PS3, PC, Wii e 3DS.