Need for Speed: The Run - Análise
3000 milhas de pura adrenalina.
A jogabilidade permanece arcade, mas não tanto elevada como em Hot Pursuit. Na condução, os carros são bem diferentes de controlar. Na sua seleção, somos informados do handling de cada um, velocidade máxima e tempo de aceleração dos 0 aos 100 Km/H. Por norma, os muscle cars apenas são bons para andar em linha reta, enquanto que os exóticos, como os Porsches são bastante ágeis (e rápidos também). Os diferentes pisos da estrada também se fazem sentir. O gelo é escorregadio, e na terra, sentimos uma maior dificuldade na aceleração do carro.
O motor de Battlefield 3, o Frostbite 2.0 da DICE, é que proporciona vida a Need for Speed: The Run. E o resultado é fantástico. Os carros têm um aspeto fantástico, mas o que mais impressiona, são as pistas. No deserto conseguimos ver a poeira a pairar sobre a estrada, e na floresta, os raios de sol a passarem por entre as árvores é algo espantoso. Outra das vantagens em utilizar o Frostbite 2.0 é a destruição, que permite que qualquer parte do carro fique danificada.
Após terminarem a estória, o modo challenge garante mais horas de diversão. Neste modo vamos competir por medalhas de bronze, prata, ouro ou platina nos vários circuitos do jogo. É basicamente o mesmo oferecido por Hot Pursuit no ano passado. Mas o que mais prende neste modo, é a competição com os amigos.
Depois de uma estreia em Hot Pursuit no ano passado e de ter sido utilizado em Shift Unleashed 2, o Autolog está de volta. Agora sabemos sempre, durante a corrida, o quão distantes ou o quão à frente estamos do melhor tempo naquele circuito na nossa lista de amigos. Se quiserem ser o melhor dos vossos amigos, então preparem-se para horas a tentar bater aquelas décimas de segundo à frente do vosso tempo.
No online uma das funcionalidades que agradará mais aos vossos ouvidos é que não existem tempos de espera. A Black Box tornou possível que se juntem a uma corrida em qualquer momento. Embora possam não ganhar, e até começar em desvantagem (na última posição), o argumento usado é que é melhor jogar e ganhar alguma experiência do que ter que esperar. E de facto, é bem melhor.
Nas corridas multijogador, há vários objetivos para cumprir. O cumprimento destes objetivos tem como incentivo o desbloqueio de novos carros. Quanto ao tipo de corridas em que poderão participar, existe um conjunto de playlists como Supercar Challenges, Exotic Sprint, Muscle Car Battles, entre outras, que requerem o uso de carros específicos.
No que toca à banda sonora, The Run aposta em artistas como Black Keys e Black Rebel Motorcycle Club, só para mencionar alguns. O seu propósito é cumprido na perfeição, aumentado ainda mais o prazer e a vontade de conduzir.
Os ingredientes utilizados em Need for Speed: The Run não diferem daqueles usados em jogos anteriores: carros rápidos e corridas perigosas continua a ser o atrativo principal. O modo estória, mesmo sendo curto e com uma estória simples, proporciona doses elevadas de adrenalina. E enquanto estamos a conduzir, é tudo o que importa.