Need For Speed: Undercover
Entre polícias e ladrões.
Sendo a alta velocidade a palavra de ordem, é natural que em algumas ocasiões os choques frontais sejam uma realidade. Contudo, por breves segundos, podemos abrandar o tempo, o que nos permite desviarmo-nos de um obstáculo, por exemplo.
O mundo do jogo apresenta quatro locais distintos, ligados por uma enorme rede de estradas e auto-estradas, e cada um deles apresenta ambientes distintos. Palm Harbor é a zona citadina, e também a primeira que nos acolhe; Port Crescent é a área portuária, rodeada de vários armazéns, acompanhada por uma palete de cores acastanhadas; já em Sunset Hills predomina o sol, o ambiente árido, quase sufocante. Para culminar existe Gold Coast Mountains, uma harmoniosa região, que faz lembrar uma bonita manhã de Outono.
Apesar de agradáveis, as 3 cidades não oferecem motivações para as explorarmos. Ao contrário de outros jogos, onde somos incentivados a fazê-lo (Burnout: Paradise, por exemplo), aqui o que vemos é o que temos, e, sendo assim, não existe nenhum pretexto para voltar ao local. A juntar a isto tudo está a ausência de um ciclo dia/noite e de alterações climatéricas, o que retira grande interesse ao título da EA.
Need For Speed: Undercover também não prima pela dificuldade, o que, em alguns casos, chega a ser ridículo. Onde é que já se viu um Audi TT ser mais veloz que Lamborghini? Em Undercover acontece, e não apenas nas fases primárias do jogo. Para dizer a verdade, não importa o carro que conduzam, pois não será muito difícil ganhar a prova em questão.
A componente “Tuning” não podia faltar, e apresenta-se neste título de forma mais simplificada. Na vez de comprarmos “upgrades” mecânicos individualmente, podemos optar por adquirir o “pack” completo. Ao todo existem 3, que vamos desbloqueando ao longo do jogo. A personalização a nível visual também se encontra disponível, permitindo aos jogadores criarem um carro ao seu gosto. Infelizmente, não existem tantas opções como seria de esperar, mostrando que esta componente foi deixada para segundo plano.
A loja de carros também está disponível desde início, e é aí que podemos perder a cabeça e gastar todo o nosso dinheiro em mais um bólide para a nossa garagem. Contudo, apesar dos carros mais potentes estarem disponíveis de início, não será possível comprá-los… a não ser que o façam com dinheiro real, mediante a PlayStation Store ou o Marketplace. Uma jogada suja que para alguns poderá valer a pena.
Para complementar o jogo existe ainda o “Photo Mode”, que, como o nome deixa antever, nos permite fazer sessões de fotográficas. Para isso, a qualquer momento, basta fazer pausa, e no menu escolher a respectiva opção. Depois é só eleger um ângulo e premir o botão de acção. Mas avisamos que as fotos não são guardadas no HDD, mas sim enviadas para o site NeedForSpeed.com. Também neste site podemos ver as proezas (Troféus e Achievements) já alcançadas, assim como detalhes sobre o modo carreira e online.
Para culminar, não podia faltar o modo em rede, uma excelente adição ao jogo, onde predomina o “Polícias e Ladrões”, onde os ladrões têm de recolher uma encomenda e entregá-la num ponto do mapa. O papel da equipa de polícias é detê-los.
Need For Speed: Undercover, pelo segundo ano consecutivo, não consegue atingir o patamar desejado. Apesar de ser um bom jogo, não se destaca dos vários do seu género, assim como de antigos títulos da série, sendo Most Wanted um exemplo disso. Assim sendo, é preferível optarem por Burnout: Paradise ou até mesmo Midnight Club: Los Angeles.