NGP (Next Generation Portable)

O design em si, não mudou muito em relação à PSP. A maior novidade e diferença é mesmo os dois analógicos. O objetivo da Sony é claro, tornar a experiência o mais semelhante possível àquela que os jogadores obtêm com o DualShock 3 na PlayStation 3. E o resultado não é muito diferente. Os botões são mais pequenos bem como os analógicos, mas poder andar e disparar controlando livremente a mira é uma sensação bem-vinda.

Embora as consolas estivessem ligadas a televisões, optei por jogar olhando para o majestoso e espetacular ecrã OLED de cinco polegadas, para sentir a verdadeira experiência de jogar numa consola portátil. O resultado é incrível, este pequeno "grande" ecrã pode ser menor que a vossa televisão da sala, mas devido à sua elevada qualidade, a diferença é mínima. Claro que se jogarmos numa TV HD a resolução e qualidade é inferior a uma PlayStation 3, mas o aspeto continua incrível. A questão resume-se no jogo em causa, pois como o ecrã da NGP tem a resolução de 960 × 544 pixels, e com 5 polegadas tudo fica com aspeto de um verdadeiro jogo em HD. Por outro lado em termos de aspeto de brilho e cores os jogos são bastante melhores na NGP. O ecrã OLED faz qualquer coisa como um pequeno milagre.

A NGP está ainda equipada com touchscreen e praticamente todos os que experimentei dão uso a esta funcionalidade. E é importante que esta funcionalidade esteja incluída, atualmente a NGP não tem apenas a Nintendo 3DS como concorrência, o crescente mercado dos videojogos no iPhone e outros smartphones é também um adversário para a Sony.

Adicionalmente, temos um sensor de movimentos na NGP, que basicamente permite-nos controlar jogos inclinando a consola para os diversos lados. Com estas duas funcionalidades incorporadas, a NGP é assim capaz de fazer frente aos smartphones apostando em jogos mais virados para os jogadores casuais, com jogos mais curtos e com uma linha de aprendizagem curta. O Little Deviants, por exemplo, um jogo que consiste num conjunto de minijogos, já brilha nesta área utilizando o touchscreen e sensor de movimento.

Little Deviants usa também o painel táctil traseiro, este com o Uncharted: Golden Abyss foi o único jogo que experimentei que lhe dá uso. Para já, apenas guiamos uma bola por um percurso de obstáculos utilizando esta capacidade da NGP, ou subir uma corda em Uncharted, mas futuros jogos, ou jogos que estão por anunciar, poderão utilizar este ecrã de uma forma completamente inovador, até porque é uma estreia em qualquer tipo de consolas, caseiras ou portáteis.

Este painel sensível ao toque foi para já a única coisa que me deixou com o pé atrás. É difícil saber onde colocar os dedos quando não vemos aquilo que estamos a fazer. É possível ter uma certa noção, mas num dos mini-jogos de Little Deviants (aquele em controlamos uma bola ao elevar o terreno) é preciso mais do que isso, é necessário precisão. Penso que os jogos serão um dos pontos principais do seu sucesso, tudo dependerá da forma que o painel será usado.

Outra nova característica da consola, é a sua câmara. Little Deviants dá-lhe uso num simples mini-jogo, que usa o fundo captado, em que temos de disparar contra umas criaturas malvadas enquanto protegemos as criaturas indefesas. A câmara incorporada representa uma grande inovação, mas é uma melhoria em relação à PSP, que utilizava uma câmara como um acessório em determinados jogos.

Ficou notório que a Sony não quer apenas fazer concorrência aos smartphones. Segundo as palavras de Shuhei Yoshida, a intenção é oferecer algo aos jogadores que não consigam obter em mais nenhum lado. É bem possível que a NGP consiga esse algo, afinal sabemos muito pouco sobre ela. Alguns dos seus trunfos, como é o caso das capacidades de conectividade da consola (sabe-se que dará grande importância às redes sociais e derivados), estão ainda por revelar. A Sony prometeu mais novidades na E3.

Quer gostem, quer não, uma das realidades atuais nos videojogos são os DLCs Ao contrário da sua antecessora, a NGP apostará mais neles, segundo a resposta de Shuhei Yoshida à minha pergunta. Yoshida não revelou propriamente como a portátil dará uso aos DLC, mas provavelmente será algo semelhante ao que temos agora na PlayStation 3.

Nem só de títulos first-party vive uma consola, um dos pilares fundamentais é também o apoio das produtoras third-party, que certamente não faltará à NGP. Grandes companhias como a Rockstar, Ubisoft, Epic Games, Square Enix e 2K Games já confirmaram o seu apoio à consola.

As primeiras impressões da consola são bastante positivas, só temos pena de não ter sido possível ter trazido uma NGP connosco(Será que passava na alfandega?). Poderão ver as primeiras impressões a Uncharted: Golden Abyss. Para a semana teremos muito mais sobre a nova consola portátil da Sony, durante a E3. Para esse fim contem com Jorge Soares e Bruno Galvão em direto da conferência à uma da manhã da noite de 6 para 7 de junho, bem como durante a semana cm jogos ainda por anunciar.

Aguardem por artigos hands-on aos jogos que experimentamos nos próximos dias.