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NHL 2K10

Medição de forças sobre o gelo.

A 2K Sports, empresa norte-americana, comemora este ano o seu décimo aniversário. Em matéria de reedições anuais de títulos de desporto é uma concorrente, em jeito de marcação directa, das produções da EA Sports. Desde futebol, basquetebol, hóquei no gelo, entre outras modalidades muito apreciadas no continente norte-americano, as opções ganham rivalidade, embora nos tempos recentes as produções da EA Sports tenham uma disponibilidade maior para a simulação.

Em NHL 2K10 a tendência passa por facilitar a adaptação à modalidade dos jogadores menos rodados neste antro, permitindo a qualquer um assumir em pouco tempo o domínio dos principais movimentos, lembrando logo os jogos de hóquei no gelo de meados da época de 90 cuja popularidade disparou mesmo no continente europeu à custa de uma jogabilidade a tocar no arcade. Naquilo que acaba por ser uma fuga a um esquema de controlo mais realista através do movimento do atleta e do stick que serve de controlo do disco, destaca-se um ritmo de jogo mais vivo onde as oportunidades aparecem em catadupa e por seu turno os golos.

Pegar e jogar continua a ser uma das máximas e mesmo os lances de preparação e treino (defensivo sem disco, na posse do disco e ofensivo) resumem-se a um número conciso de opções. Todo o entusiasmo move-se em função dos lances ofensivos e das contra-ofensivas provocadas pelo adversário, deixando a defensa em trabalhos dobrados. Porém, em termos de opções de jogo e inovação diante dos títulos anteriores, NHL 2K10 não se posiciona tão à frente como seria de esperar depois de mais um ano de desenvolvimento.

A participação em partidas on-line tem uma atenção redobrada. Seja nos modos temporada, franchise ou play-off, sobretudo iniciativas para uma exploração individual, há uma opção antes de cada partida arrancar que permite convidar um outro utilizador a disputar essa partida no lugar do computador. É uma boa forma para estimular a progressão e estabelecer uma ligação com a estrutura multiplayer à custa de outros adversários que tenham os mesmos interesses. Alem disso é possível criar a própria equipa, pô-la num campeonato cujo crescimento ao longo das épocas se assegura em função dos resultados e capacidade de transitar para as eliminatórias e até mesmo definir os padrões primários de jogador dentro de um modo carreira, ainda que o quadro de acompanhamento não seja tão detalhado e pleno de opções como chega a ser regular noutras iniciativas que apostam na evolução da carreira de um jogador.

Deste prisma a tarefa do guarda-redes parece hercúlea.

Ainda nas opções de jogo individuais cumpre elencar dois modos bastante atractivos e que põem em evidência as capacidades de organizar um jogo mais rápido e sem paragens por faltas, congelamentos do disco ou lances de fora de jogo. O quatro contra quatro em pond hóquei ou três contra três num campo quase circular mais limitado. São boas opções para aprenderem a trocar o disco mais depressa e marcar golos de grande efeito.

Para bem da maior discussão do resultado final das partidas há que referir a boa adaptação da inteligência artificial em função do resultado. Podem entrar a todo o gás num jogo, e embora seja verdade que nalgumas situações os defesas adversários não fecham tão bem as zonas de perigo como seria de esperar, certo é que a equipa adversária começa a sufocar a vossa zona defensiva, seja em termos físicos, recorrendo às manobras de encosto grosseiro, derrubando sem pejo, como também trocam melhor o disco e apontam golos com maior facilidade. Podem sempre solicitar o controlo imediato do guarda-redes, mas atenção que uns remates bem colocados nas zonas superiores da baliza são difíceis de segurar.