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Ni No Kuni II Revenant Kingdom é a próxima grande aventura Level-5

Carismática influência Ghibli e sólido sistema de combate.

Quatro anos depois do lançamento no ocidente de Ni No Kuni: Wrath of the White Witch, a Level-5 tem um novo jogo da série em produção, com lançamento previsto para 10 de Novembro do corrente ano, para a PlayStation 4 e PC. Ni No Kuni II: Revenant Kingdom é uma aventura de role play dirigida por Akihiro Hino (o mesmo do original), com design das personagens entregue a Yoshiyuki Momose e música de Joe Hisaishi, autor de inúmeras e intemporais bandas sonoras criadas para o famoso Studio Ghibli.

Trata-se de uma espécie de "dream team" da Level-5 que volta a conjugar esforços, ainda que desta vez sem a colaboração do estúdio de animação japonesa na produção das cenas cinematográficas. Foi essa, aliás, uma das razões do sucesso da obra original. A intervenção do Studio Ghibli fez-se sentir nas cinematográficas e ainda na atmosfera do jogo, algo visível desde o primeiro instante. Apesar de ausente em Revenant Kingdom, os produtores mantiveram os traços e o design do jogo anterior, tornando quase imperceptível a alteração. Mais, com a presença de Joe Hisashi, a componente sonora mantém-se como primordial e volta a conquistar a atenção de quem mergulhe neste mundo.

Na E3 pudemos experimentar uma demonstração composta por duas partes autónomas: a primeira, uma batalha com Longfang, Lord of Flame. Trata-se de uma criatura de proporções colossais, capaz de golpes devastadores e um poder muito forte. Proporciona uma das batalhas mais intensas e exigentes. A segunda parte é composta por uma pequena "quest" ou "trial" designada por King's Cradle - Trial of Courage, na qual a personagem principal, Evan, deixando a base dos piratas parte para o King's Cradle, onde terá que demonstrar as sua vocação como monarca, enfrentando no final Thogg, uma espécie de gorila gigante, do género King Kong.

Evan, protagonista e o rei de Ding Dong Dell, despojado do seu trono.

Para lá de Evan, o verdadeiro rei de Ding Dong Dell que acaba despojado do trono e embarca numa aventura a fim de o recuperar, existem outras personagens importantes, como acontece com Otto Mausinger, a personagem que ocupa o trono de Evan. Aranella é uma personagem feminina que actuará como protectora de Evan, e Roland, um visitante de outro mundo. Outras personagens são Tani, membro dos piratas do ar e Batu, "the Cloud Snake", o líder dos "Sky Pirates". A estes juntam-se Ms. Martha and the Higleddies, pequenas criaturas algo similares aos Pikmin, na ajuda que prestam no combate, exploração, conferindo ainda habilidades especiais ao herói.

Entre os maus da fita está Pugnacius, a personagem que desenvolve os negócios dos casinos, no reino Goldpaw. A sorte é importante e todas as decisões relevantes são ditadas pelos dados. Depressa se torna numa personagem corrupta, servindo-se dos dados para que os habitantes paguem mais impostos. Evan acabará por enfrentar esta personagem e é nesse seguimento que tem lugar a primeira batalha, contra Longfang, uma criatura bastante hábil e um oponente difícil.

O sistema de combate compreende ataques à curta distância, vulgo golpes melee, através do triângulo e do quadrado. Lofty dará apoio e o que fazer. Os botões R1 e L1 servem, respectivamente para esquivar e defender. As habilidades especiais podem ser usadas depois de premirem o botão L2, abrindo um conjunto de soluções. Se entrarmos no raio de acção dos Higleddies o botão X possibilita mais um golpe. No fundo o herói comanda estas personagens e serve-se do seu posicionamento para obter mais habilidades.

Uma imagem do combate numa arena contra Thogg. Toda a acção decorre em tempo real.

Ambas as batalhas decorrem a bom ritmo e raramente nos sentimos em dificuldade por força de um equilíbrio na dificuldade. Eventualmente na versão final será um processo mais exigente, mas por enquanto o objectivo passa por dominar o essencial quando se entra no combate. Em termos visuais, Revenant Kingdom dá um passo em frente e melhora o aspecto das personagens, assim como das sequências cinematográficas, ainda que desta vez sem a assinatura da Ghibli. O design é particularmente estimulante e voltamos a encontrar traços únicos nas personagens. Ni No Kuni II Revenant Kingdom perfila-se como uma grande aventura a seguir com atenção no final do ano. Há muitos aspectos sobre a narrativa que ainda desconhecemos, mas parece estar a caminhar na direcção certa, incrementando muito de bom que fazia o original, sempre com a assinatura da Level-5.

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