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Nintendo 3DS XL em análise

A Nintendo quer provar que o tamanho conta.

Há muito tempo que a Nintendo nos habituou ao lançamento de várias versões de uma mesma consola portátil. Se a ergonomia e eficiência são metas a seguir em aparelhos que cabem no bolso de um casaco ou dentro de uma mochila, conforto e superfície de visão são outros critérios a considerar. E o departamento de engenharia da Nintendo parece conviver bem com o significado de um "power up", aumentando o tamanho ou reduzindo a dimensão de portáteis, com a mesma facilidade com que Super Mario, o ícone da casa, ingere um cogumelo do Mushroom Kingdom.

O GameBoy Advance Micro inscreve-se na categoria dos sistemas portáteis encolhidos. Com esta micro consola retangular, a Nintendo quis levar até ao mercado uma versão simples e barata do GBA. Com a quantidade e qualidade de jogos lançados para a consola, ainda agora podemos encontrar nela uma boa opção para levar em férias e viagens, apesar de já não existir no mercado. Contudo, a tendência mais recente aponta no sentido inverso; de sistemas maiores, confortáveis e com baterias mais resistentes ao uso intensivo.

Com a passagem da Nintendo DSI para a DSi XL, a Nintendo ampliou a oferta dentro do mesmo segmento, sem criar confusões no público alvo. A consola é a mesma, o tamanho dos ecrãs é que difere. Em termos práticos este alargamento não implica sacrifícios nem cortes nalguma das funções, nem implica, por outro lado, uma evolução do processador gráfico que só acabaria por prejudicar a manutenção de ambos os sistemas a longo prazo. É certo que muitas marcas de telemóveis inteligentes reciclam as suas máquinas anualmente (por vezes com mudanças pouco dignas do termo novo). Todavia, este é o território das consolas portáteis, muito diferente dos telemóveis. E quando muitos vaticinavam um futuro negro da 3DS, a verdade é que a 3DS XL já chegou e subiu nas tabelas de vendas, especialmente do mercado japonês, o que diz bem sobre a autoridade das consolas portáteis.

"É igualmente impressionante observar os efeitos tridimensionais. Mario Kart 7, por exemplo, parece ganhar ainda mais fluidez, já que o espaço de visão é maior."

Dentro da fábrica da Nintendo, em Quioto, muitas decisões são executadas sob o maior secretismo. Mas deixou de ser segredo, há alguns meses, quando a Nintendo comunicou que iria lançar uma nova versão da 3DS; maior, confortável, estilizada e com uma bateria capaz de prolongar a utilidade da máquina até ao próximo carregamento. A Nintendo 3DS XL chegou até nós no final de Julho, bem a tempo de conquistar os fãs de New Super Mario Bros e Art Academy.

A primeira coisa que vão notar assim que tiverem em mãos uma Nintendo 3DS XL é a dimensão dos ecrãs. Para quem vem de uma 3DS ou DSi, é quase como passar a ter uma televisão diante dos olhos. A Nintendo fala num ecrã 90% maior. 4,88 polegadas que geram uma experiência mais confortável para os olhos. Podemos assim colocar a consola ligeiramente mais distante e continuar a usufruir de um ecrã que não puxa tanto pela visão. Além disso, por causa da superfície de visão mais alargada, os efeitos tridimensionais adquirem mais estabilidade, evitando que pequenas manobras e movimentos com as mãos possam causar distúrbios no ângulo de visão.

É igualmente impressionante observar os efeitos tridimensionais. Mario Kart 7, por exemplo, parece ganhar ainda mais fluidez, já que o espaço de visão é maior. Super Mario 3D Land fica ainda mais majestoso e imponente. O aumento do ecrã táctil em igual proporção com o ecrã superior também possibilita mais contacto, algo muito útil e decisivo para jogos como New Art Academy.

Os altifalantes produzem um som mais destacado, o que significa que subindo o volume para o máximo e sem headphones, conseguem obter um melhor ambiente sonoro. Na passagem da 3DS para a 3DS XL, a Nintendo retirou aquele efeito espelhado e brilhante da consola. Porém, a superfície da 3DS está agora mais estilizada, menos pontiaguda e adapta-se muito bem às mãos, ainda que possam ter os dedos compridos. O aumento de peso nesta transição é pouco significativo. Pesando 100 gramas a mais do que a 3DS, outra grande vantagem encontra-se na duração da bateria, prevista para 6 horas e meia. Na prática terão sempre maiores ou menores consumos consoante a intensidade das funções da consola. Se jogarem sem efeitos 3D, usarem headphones e desligarem as funções wireless da consola conseguem obter uma poupança enorme em gasto de energia, obtendo mais tempo de jogo. Contudo e para os que não se preocupam com isso e querem desfrutar de uma experiência sem limites e autêntica, haverá um ganho próximo da hora e meia.

A Nintendo 3DS XL traz um cartão de memoria de 4 GB, o dobro da memória disponível para a 3DS. Isto é útil para quem possui inúmeras aplicações e quer mais espaço para gravar demos e jogos adquiridos através da e-shop. A transferência de dados entre a 3DS e a 3DS XL opera-se com facilidade e sem grande perda de tempo.

Posto isto e ponderando a transição para a Nintendo 3DS XL, deverão prevenir-se com a aquisição de um carregador, pois a consola não é vendida juntamente com o acessório. Contudo, diante de várias certezas, uma destaco; jogar numa 3DS XL é mais confortável para a visão. Apercebem-se da abissal dimensão do ecrã quando se acostumarem à XL e regressarem depois à 3DS. Parece que têm em mãos uma consola micro e aí a XL permite-vos uma experiência mais relaxante uma vez que podem manter a consola mais afastada, não tendo de fazer tanta força nos braços. E o ecrã torna-se especial agora que o 3D ganha mais espaço.

Este artigo integra a secção do passatempo Visita Guiada Nintendo 3DS e é o terceiro de uma série de quatro artigos que serão publicados durante o mês de Setembro. Para se habilitarem a ganhar uma viagem a Paris para a Japan Expo e jogos para a Nintendo 3DS deverão consultar por aqui as regras de funcionamento do passatempo.

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