Nintendo Switch OLED review - Melhor em quase tudo
O upgrade que tanto queríamos tornou-se realidade.
Tenho a Nintendo Switch OLED há cerca de duas semanas e posso dizer que a Nintendo corrigiu praticamente todas as frustrações que tinha com a consola. Adorei desde inicio o conceito - a possibilidade de jogar na TV e depois levar a consola contigo para qualquer lado é genial - mas a versão de 2017 sempre me pareceu apressada, por refinar. A Nintendo estava ansiosa por lançar uma nova consola depois do fracasso da Wii U, e assim sendo, o modelo original da Switch foi o melhor que conseguiu fazer com o tempo disponível. Novamente, um conceito genial, mas que pedia acabamentos melhores.
Com este novo modelo, podemos finalmente despedir-nos daquelas bordas pretas grossas e horríveis. Ainda existem, mas estão mais finas. Com esse espaço extra, o ecrã foi aumentado de 6.2 para 7 polegadas. Pode parecer pequeno no papel, mas faz diferença na prática. Para além do crescimento, o ecrã LCD foi substituído por um OLED. Francamente, este tipo de ecrã já devia ter sido incluído no modelo original - a PS Vita foi lançada em 2012 e já tinha ecrã OLED - mas mais vale tarde do que nunca.
Depois do ecrã OLED, não há como voltar atrás
Em termos de qualidade, um ecrã OLED é o melhor que podes ter para jogar. Basicamente, desfrutas de cores mais vivas e de pretos e brancos mais fortes. Se costumas jogar na Nintendo Switch original, notas imediatamente a diferença ao dar o salto para o modelo OLED... e não há como voltar atrás, depois. Os jogos da Nintendo costumam ter uma paleta de cores bastante alegre, pelo que saltam ainda mais à vista neste ecrã. Não é um caso de melhores gráficos (para isso, era preciso hardware mais potente), é uma questão de qualidade visual.
A grande vantagem dos ecrãs OLED perante os LCD está na forma como os pixeis funcionam. Num painel LCD tradicional o painel está sempre iluminado, o que significa que os pretos nunca serão verdadeiramente pretos (são cinzento escuro). Num ecrã OLED, cada pixel é iluminado individualmente e áreas inteiras do ecrã podem ser desligadas para alcançar pretos reais. Desta forma, um painel OLED consegue contrastes muito maiores (particularmente notável se jogares em ambientes pouco iluminados).
O ecrã OLED, devido à maior luminosidade e contraste, também é melhor para jogar em ambientes exteriores. Já tentei jogar Nintendo Switch na praia e a experiência deixa a desejar. Com este novo modelo há um compromisso menor. Não precisas de ajustar tanto a posição da consola para escapar à luz e reflexos que incidem no ecrã. É melhor, apesar de não ser perfeito. Quanto à temida possibilidade do burn-in, numa consola portátil dificilmente será um problema a não ser que sejas super desleixado e deixes o ecrã ligado com a mesma imagem durante horas.
Adeus aos plásticos baratos
Fora o ecrã, há pequenas melhorias e afinações aqui e ali. O suporte para colocar a consola em cima de uma mesa deixou de ser um pequeno rectângulo frágil e instável. O novo suporte tem o comprimento do corpo da consola e ângulo regulável. O plástico que envolve a consola também é diferente. Agora é mais resistente, com um toque ligeiramente áspero, mas agradável. A estrutura da consola está mais sólida. Antes podias sentir a consola e o encaixe dos Joy-Con a dobrar quando aplicavas um pouco de força. Essa flexibilidade ainda existe, mas sentes mais resistência dos materiais.
Na Dock, a Nintendo vestiu-a para ficar mais bonita. Antes era praticamente um pedaço de plástico preto e cru. Agora é uma peça mais agradável de olhar. No interior continua a existir bastante espaço livre - que possivelmente será preenchido num modelo Pro - mas pelo menos foi adicionada uma porta Ethernet. Era uma coisa básica que o modelo original não tinha. De resto, ficou a faltar uma proteção maior de borrachas suaves para proteger o ecrã de arranhões quando tiras e pousas a consola na dock. Há duas pequeníssimas borrachas em cada lateral interior, mas não me parecem ser suficientes para uma protecção verdadeiramente eficaz.
O armazenamento foi expandido para 64 GB
Não há dúvida que o ecrã OLED é a grande novidade deste modelo, mas o aumento da memória interna para 64 GB é digno de ser mencionado. Os 32 GB da Nintendo Switch original já não eram suficientes em 2017 quando a consola foi lançada, havendo jogos que nem cabiam na memória interna se comprasses em formato digital. O problema era mitigado pela possibilidade de expansão de memória através de cartão MicroSD, mas é sempre agradável ter mais armazenamento disponível e não sentir que a expansão é um custo escondido quando adquires a consola.
A Nintendo também mexeu nas colunas internas da consola. A Nintendo Switch OLED tem melhor qualidade de som, mais nítido e sem distorções quando colocas o volume no máximo. Dependendo da forma como usas a consola, pode ser importante ou não. Para quem joga sempre com auriculares, não é uma novidade que fará diferença. Até mesmo para quem joga recorrendo às colunas internas da consola é situacional. Quando estás num sítio público e com mais gente à volta, certamente não vais colocar o volume no máximo para não incomodar. Se estiveres em casa, a história é outra.
Vale a pena o upgrade para quem já tem a Nintendo Switch?
Se ainda não compraste uma Nintendo Switch e até estás a ponderar adquirir o modelo original porque baixou de preço, deixa-me sublinhar que o modelo OLED vale cada cêntimo. Apesar do ecrã ser o grande destaque, a Nintendo melhorou praticamente todo os aspectos da consola. No geral, a experiência é superior. Só ficou mesmo a faltar um pouco mais de poder para quando se joga no modo televisão ter um melhor desempenho e/ou gráficos. Se já tens uma Nintendo Switch e jogas sobretudo em modo portátil, o upgrade é recomendado. Se, por outro lado, jogas sobretudo em modo televisão, provavelmente não vais sentir grande diferença neste modelo. Pessoalmente, sempre tratei a Nintendo Switch como uma consola portátil e foram raras as ocasiões em que joguei na televisão. Por isso, este modelo OLED é um no-brainer.
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