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No More Heroes: Heroes Paradise

Bem vindos ao Jardim da Loucura.

Mas se conseguirem esquecer ou não se importarem com este defeito de No More Heroes, há muitos momentos memoráveis para desfrutar. Cada confronto com os diferentes assassinos é tão épico e tão memorável, que o tempo perdido a fazer missões secundárias sem importância é recompensado. Quando terminei o jogo, olhei para trás e relembrei-me das batalhas épicas de Travis, e senti vontade de recomeçar tudo de novo só para poder reviver essas batalhas. São tão boas a esse ponto.

Travis Touchdown entrou diretamente para a minha lista de personagens mais carismáticas num videojogo. Qualquer jogador consegue facilmente idenficar-se de alguma forma com ele, Travis partilha muitos dos vossos gostos. Gostam de videojogos? Claro que sim, caso contrário não estariam a ler isto. Anime? Provavelmente sim, parece ser um interesse comum a todos os jogadores. Raparigas Sexy's? Nem é preciso resposta. Pois bem, Travis partilha todos estes interesses convosco.

No More Heroes não trata apenas de lutas até à morte entre assassinos profissionais, é também sobre sexo. Sylvia promete entregar-se a Travis se este alcançar a primeira posição no ranking da UAA. Para além da glória, este é um dos motivos que leva Travis a continuar a perseguir este objetivo. Antes de cada batalha com um assassino, Sylvia telefona para desencorajar ou encorajar Travis. O jogo não perde uma única oportunidade para fazer uma referência sexual, até quando o sabre de luz fica sem bateria, Travis abana-o para cima e para baixo como se estivesse a masturbar. O jogador terá que fazer o mesmo movimento, seja com o Dualshock 3 ou PlayStation Move. Quando ligamos o atendedor de chamadas, é impossível não rir com os filmes pornográficos requisitados por Travis ao seu videoclube. É mesmo hilariante (Air Force One: The First Lady Returns to the Mile High Club, lol?)

Para desfrutar e saborear ao máximo No More Heroes, é fundamental ter conhecimento de alguns jogos, filmes e anime. Imensas referências são feitas. Talvez a mais notável e sonante seja Star Wars. Quando o mentor de Travis morre, este continua a aparecer mas agora tipo um fantasma (Obi-wan style). Os créditos são no mesmo estilo de Star Wars. Há mais uma referência, mas revelá-la seria estragar uma surpresa. O jogo ainda arranja tempinho para gozar com Duke Nukem Forever. (No More Heroes Forever?)

O aspeto em alta definição adiciona mais beleza ao visual, mas tecnicamente não é impressionante. Mesmo com uma instalação obrigatória, No More Heroes: Paradise sofre de problemas constantes na framerate. Apesar de curtos, os loadings que aparecem quando entramos numa nova área acabam por se tornar irritantes.

Como já referi, em comparação com a versão Wii, Heroes Paradise possui mais conteúdos. Incluído está o "Very Sweet Mode", uma dificuldade em que as raparigas estão com trajes mais provocatórios, e não há censura. Enquanto que na Wii o sangue foi substituído por pixeis em preto, aqui o mesmo não acontece. A acrescentar a isto, temos batalhas adicionais com bosses da sequela, No More Heroes 2: Desperate Struggle, que podem ser desfrutadas pelos jogadores quando Travis está a sonhar na casa-de-banho.

No final de contas, No More Heroes: Heroes Paradise é um título original, diferente e com muita personalidade. Peca pela sua estrutura, que acaba por tornar o jogo repetitivo e sem interesse em alguns momentos. Vale a pena pelos seus confrontos épicos com os bosses, sentido de humor e jogabilidade simples e divertida.

7 / 10

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