O Corvo é o mais recente fracasso de bilheteira

O filme O Corvo (2024), protagonizado por Bill Skarsgård, tem causado uma certa dose de consternação. Com uma fraca receita de bilheteira e apenas 21 milhões de dólares arrecadados, a produção desiludiu após o seu lançamento nas salas de cinema. O filme, uma nova interpretação do clássico de 1994, foi elogiado pelo seu tom sombrio e influências do terror europeu, mas foi muito criticado pela execução inconsistente e por um enredo que não conseguiu captar a energia da versão original.

Alex Proyas, realizador do filme de 1994, foi um dos principais críticos do reboot, considerando-o um projeto desnecessário, marcado pela falta de inovação e distanciado do legado de Brandon Lee. Segundo ele, a versão original, em que Lee morreu tragicamente durante as filmagens, deveria permanecer como a única homenagem à sua memória.

Embora muitos admiradores do original possam apreciar as referências e a tentativa de modernizar a história, muitas das críticas apontam para o facto do novo filme não ter o mesmo impacto emocional, especialmente na produção das personagens e na estética visual. Skarsgård, embora tenha uma presença física imponente, não tem a fluidez e a vulnerabilidade que Lee trouxe ao papel de Eric Draven.

Apesar disso, há momentos de brilho visual e uma tentativa de explorar a mitologia em torno do personagem, aprofundando os aspetos sobrenaturais que sustentam a vingança de Eric, trazendo novos elementos à narrativa. No entanto, esses elementos não foram suficientes para reverter o fracasso comercial e a receção negativa da crítica.