O modelo de exclusivos da Nintendo e Sony já não funciona, diz Michael Pachter
A Microsoft percebeu isso e começou a lançar conteúdo noutras plataformas.
Michael Pachter, o famoso analista da Wedbush Morgan, comentou a decisão da Microsoft Gaming em colocar jogos dos seus estúdios nas consolas da Nintendo e PlayStation, após os ter apresentado como títulos exclusivos.
Em fevereiro, a Microsoft revelou que Pentiment e Grounded seriam lançados na Nintendo Switch, PS4 e PS5, enquanto Hi-Fi Rush e Sea of Thieves também teriam lançamento para a PS5, algo que para Pachter mostra como o modelo de exclusividade simplesmente já não funciona.
“Porque é que estão a lançar exclusivos noutras plataformas? A razão para estarem a fazê-lo é porque o modelo da Nintendo e o modelo da Sony de jogos próprios em plataformas próprias é o modelo errado. É um modelo quebrado.”
“A Nintendo começou isto em 1985. Resultou durante 40 anos. A Sony copiou isso em 1995 com a PlayStation, a Microsoft copiou isso em 2001 com a Xbox e durante muito tempo funcionar e depois deixou de funcionar,” acrescentou Pachter na sua resposta a um seguidor.
“Apoiar o teu conteúdo ao gerir a distribuição na tua plataforma é como um estúdio cinematográfico ser dono de uma cadeia de cinemas e a única forma de ver o filme é nos seus cinemas. Agora, isso vai funcionar e vão ganhar dinheiro, mas não farão tanto dinheiro quanto fariam se colocassem os filmes em seis ou sete outras formas diferentes.”
Pachter diz que a Microsoft terá exclusivos temporários, colocará algum conteúdo na PlayStation e Nintendo, mas terão conteúdos temporariamente exclusivos para promover o Game Pass. Para o analista, esta é uma decisão que a Microsoft tomou pois faz sentido, especialmente porque jamais conseguiria tanto dinheiro ao colocar, por exemplo, um jogo como Call of Duty exclusivo.
Neste mesmo episódio do Pachter Factor, o analista comentou que o Game Pass se tornará num gigantesco colosso dentro de 10 anos.