O que estamos a ver: séries e filmes - 5 Fevereiro
Mundos imaginários que nos conquistam.
Ao longo de 2022 partilhámos contigo os jogos com os quais passamos o nosso tempo livre. Existem imensos jogos que jogamos por lazer, para nos entretermos e ajudar a escapar desta dura realidade que causa transtornos a todos. De formas diferentes, todos lidamos com problemáticas similares e os jogos são um sensacional escape.
No entanto, também passamos tempo a ver séries e filmes, desde dramas a comédias e claro, animações, algo do qual já falamos regularmente no nosso site. Agora, para iniciar 2023, decidimos partilhar contigo as séries, filmes e animações que estamos a ver, para que nos possas conhecer um pouquinho mais e saber o que andamos a fazer.
Tal como nos jogos, as séries e filmes que vemos dizem muito de nós e da forma como gostamos de passar o tempo. Temos gostos muito variados e também gostamos de arriscar e espreitar géneros que habitualmente deixamos passar ao lado. Temos os nossos favoritos e aquela série que nos marcou, o que nos faz também sentir vontade de partilhar algumas "experiências" que fazemos, talvez seja melhor dizer "riscos" que tomamos.
Isto não serve para analisar uma série ou filme, apenas para partilhar o que andamos a ver, sem qualquer sentimento de culpa, mas ocasionalmente podemos fazer uma recomendação ou sugerir algo. Tendo em conta o quão precioso é o tempo, talvez até possamos ajudar-te em algumas escolhas.
The Last of Us (HBO Max)
Entre a viagem de comboio entre Lisboa e Braga, finalmente tive a oportunidade para ver o episódio que todos falavam. Aquilo que o episódio retrata, a relação amorosa entre Bill e Frank, estava implícito no jogo, se bem que o desfecho foi completamente diferente. Não sou um purista. Já esperava que a série tivesse uma mão cheia de diferenças comparativamente à versão em videojogo, mas ainda assim fui surpreendido pelo terceiro episódio. A construção de Bill e a forma como a sua relação com Frank é desenvolvida tem uma aura de naturalidade. Enquanto uns acusam a série de agenda ou de forçar momentos como estes, acho que foi uma das melhores representações de um casal gay numa série de televisão.
Jorge Loureiro
Event Horizon
Depois de Dead Space remake faz todo o sentido revisitar um filme de culto, que inspirou os criadores do jogo original, falo obviamente de Event Horizon, realizado por Paul W.S. Anderson, com Laurence Fishburne, Sam Neill, Kathleen Quinlan, entre outros. Para quem não conhece o filme e gosta de cinematografias sobre ficção científica, onde o desconhecido anda de mãos dadas com o tenebroso, Event Horizon marca por uma narrativa bem e até com algumas excelentes representações. Consegue criar no espectador uma verdadeira sensação de angústia e medo, o que se pretende num filme deste calibre.
Adolfo
Attack on Titan
Attack on Titan é uma anime que acompanhei com grande entusiasmo quando foi apresentada. A série tem uma mistura de ideias e temas espetaculares. Além da humanidade fechada dentro de enormes muralhas para se protegerem de humanos gigantes que comem humanos, temos o grande mistério sobre o estado do resto do mundo e de como a humanidade chegou a este ponto, os poderes do protagonista e um elenco que causa impacto. As cenas de violência e a banda sonora ajudam imenso a agarrar o espectador, mas após terminar a primeira temporada, acabei por me esquecer da estreia da segunda e não voltei a ver. Agora, antes do final da anime, decidi voltar a ver e estou novamente viciado.
Bruno
Drive My Car - RTP1
O filme de Ryusuke Hamaguchi tem quase 3 horas de duração mas prende-nos do primeiro ao último minuto. Adaptado de um conto de Murakami, narra a história de um encenador de teatro, contratado para produzir a peça Tio Vânia de Anton Tchékov. O filme começa com uma cena de traição da mulher do protagonista, Yusuke Kafuku. Algum tempo depois ela falece, mas a voz dela permanece numa narrativa que Kafuku escuta em cassetes, durante as viagens até Hiroshima, ao lado da sua motorista. Filme de silêncios, monólogos e belíssimos segmentos. Termina com a encenação da peça para uma plateia agarrada às palavras das personagens, ecoando numa sequência redentora.
Vítor Alexandre