O que estou a derreter este fim de semana
Rayman Jungle Run é um vício para os iOS.
Depois de ter passado o meu tempo em redor de One Piece: Pirate Warriors, como certamente alguns leram na semana passada, esta semana e este fim de semana o meu tempo vai ser reservado para Rayman: Jungle Run, um produto iOS que tem brindado o meu iPhone com horas e horas de pura e descomplicada diversão. É tipo, aquilo que todos queremos num videojogo, algo divertido na forma de jogar, apelativo visualmente, que nos faça sentir bem com nós próprios (ninguém gosta de sentir que está a desperdiçar o seu tempo) e que nos permita escapar da nossa realidade para ter alguns momentos de frescura.
Seja nas paragens dos transportes públicos ou na pausa no trabalho, seja na caminha enquanto o corpo aquece para se tentar livrar deste frio que nos congela ou quando fazemos sala enquanto outro membro da família ocupa a TV e nos impede de passear pela Grand Line, um bom companheiro em formato móvel ou portátil pode ser exatamente o que precisamos. Aquela pausa descomplicada do nosso dia-a-dia que faz com que o jogador se divirta sem compromisso.
Rayman: Jungle Run é um dos mais aclamados e consagrados jogos iOS de 2012 e apesar de ter passado bastante tempo com ele no ano que há pouco terminou, só mesmo agora me encontro devida e corretamente viciado no produto que a Ubisoft levou para os produtos da Apple (também disponível noutros formatos como Android, não fiquem já chateados comigo). Este é um produto da Ubisoft que novamente recorre ao aclamado motor UbiArt para dar aos aparelhos móveis o seu "Rayman Origins".
RJR é verdadeiramente espantoso pois é tudo o que uma editora ou estúdio deve fazer ao transportar um jogo/série de consola dedicada para um aparelho tátil. Pensem num AAA de consola caseira/portátil, adaptado para iOS/Android mas moldado para tirar proveito das características únicas do aparelho e que ainda joga com as suas fraquezas. É precisamente o que a Ubisoft fez aqui.
Depois de Jetpack Joyride tivemos o despontar de um boom de "corredores infinitos", jogos nos quais o personagem se move automaticamente sempre em frente (ou para o lado como aqui) e o jogador "apenas" tem que pressionar no ecrã, ou deslizar o dedo, no momento adequado. Isto permite que a jogabilidade seja simples mas ainda assim desafiante pois temos que obedecer a um ritmo e respeitar regras e mecânicas de jogo. Quer isto dizer que temos um Jetpack Joyride que se encontra com Rayman: Origins e o resultado é estrondoso.
Existem dois elementos de RJR que de imediato vos vão conquistar: os visuais e o som. Logo ao primeiro impacto vão pensar 'isto é o Origins das consolas caseiras num móvel em termos visuais' e tal parece mesmo. O motor da Ubisoft prova ser merecedor de mais aclamações e prémios ao demonstrar mais uma dose de versatilidade. Acreditem que os visuais são fantásticos, desde as animações de Rayman aos visualmente deliciosos cenários e fundos que mantém grande parte da espetacularidade que vimos em Origins.
"RJR é verdadeiramente espantoso pois é tudo o que uma editora ou estúdio deve fazer ao transportar um jogo-série de consola dedicada para um aparelho tátil."
RJR está dividido por vários mundos, com cores e ambientes diferentes, mas cada um deles vai introduzir a sua própria mecânica central no género "corredores infinitos". Rayman corre automaticamente e o jogador tem que pressionar no ecrã no momento desejado para executar a ação correspondente à daquele mundo e tentar chegar ao final do nível no menor tempo possível enquanto apanhar o maior número possível de Lums, para no final receber a melhor pontuação.
No primeiro mundo Rayman corre e o jogador deve pressionar o ecrã para que salte. Isto vai permitir que ultrapasse fossos, inimigos, e apanhe Lums para tentar obter os extras e ilustrações presentes na galeria. No segundo temos que voar, mantendo o dedo pressionado no ecrã, para ultrapassar os obstáculos, enquanto somos submetidos a outros elementos e mecânicas de jogo.
Depois temos a possibilidade de correr pelas paredes, o meu mundo favorito que introduz momentos verdadeiramente espantosos, especialmente quando pensamos no quão simples é a fórmula. O quarto mundo pede ao jogador que dê um soco nos adversários para que Rayman chegue ao final dos níveis e ajude as suas amigas fadas. Cada mundo tem nove níveis que desbloqueamos ao ultrapassar um anterior e em todos tempos a possibilidade de apanhar três cristais que nos brindam com itens bónus.
Os jogadores tem já a possibilidade de transferir mais um mundo, potpourri, que introduz mais nove níveis com os seus extras. É uma forma de prolongar a experiência e tornar ainda mais diverso o produto, sem qualquer custo adicional. Existe também a possibilidade de comprar dois fatos e um novo personagem, caso queiram.
RJR é verdadeiramente delicioso e a iniciativa da Ubisoft em combinar o personagem com este atualmente famoso género nos iOS/móveis é algo prazeroso e de elogiar. É uma diversão que cativa qualquer um, que pode ser jogado em qualquer lado e que confere uma grande personalidade e estilo ao vosso aparelho.
Rayman: Jungle Run custa atualmente 2.69 euros e é considerado como um dos melhores jogos iOS de sempre. Já esteve disponível por 1.79 euros e até por 0.89 euros. Se tem um iOS e não tem este jogo então não sabem o que perdem, é que as viagens de transportes públicos e os tempos mortos na escola podem ficar muito mais divertidos e coloridos. Façam um favor a vocês próprios, corram pela selva.