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One Piece Odyssey - Personaficado

Grand Line num RPG empolgante.

Não é fácil a vida de um fã de One Piece que procura expandir através dos videojogos a sua paixão pela obra de Eiichiro Oda. Apesar da mega popularidade deste nome, as produções nos videojogos são habitualmente entregues a estúdios de segunda linha, em projetos de pequena-média escala cujo potencial nunca chega a ser alcançado na sua plenitude devido às origens humildes do projeto.

Apesar de títulos como Pirate Warriors da Omega Force nos mostrarem algo numa escala superior, os RPGs One Piece ficam aquém do potencial. Que o diga World Seeker. Perante isto, devo confessar que quando vi a Bandai Namco anunciar um novo RPG, chamado One Piece Odyssey, desenvolvido pela ILCA, torci de imediato o nariz e nem sequer me permiti a gerar entusiasmo.

No entanto, uma recente sessão a jogar uma demo baseada no código final de One Piece Odyssey fez-me mudar de ideias, estou agora altamente curioso com o potencial deste jogo para se tornar no melhor RPG One Piece jamais feito. Sim, a fasquia é baixíssima, mas falar em ir além do que já foi feito deve ser encarado como positivo.

A ILCA é um estúdio com pouco currículo como produtora principal, em One Piece Odyssey parece ter-se inspirado num nome muito popular, Persona 5. A fatia de gameplay disponível foi em Alabasta e no reino da areia descobrimos locais de média escala para explorar, com funcionalidades como fast travel disponíveis de forma intuitiva e com a possibilidade de visitar cidades de média escala com a estética fiel a One Piece.

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Além de caminhar pelo deserto, foi possível visitar Nanohana e assistir a cenas de história. Toda a estética e sons estão desenhados para a maior fidelidade com o material original e temos aqui um importante elemento que de imediato parece superior ao que a Ganbarion fez em One Piece: World Seeker, o anterior RPG com o nome One Piece.

Se caminhar por estes locais a absorver a atmosfera One Piece em formato videojogo deixou boas indicações para a versão final, que chega às lojas a 12 de janeiro, foi o sistema de combate que realmente me cativou e me deixou a pensar que Odyssey poderá tornar-se num candidato a melhor jogo One Piece feito até à data.

Existe uma aposta num sistema de combate por turnos, com uma estética Persona 5 para o design dos menus (adaptado a One Piece) que também se estende ao gameplay em si. Cada personagem, seja da tripulação dos Chapéus de Palha ou inimigos (neste caso membros do grupo de Crocodile ou vida selvagem) pertence a uma de três classes e estão inseridas num círculo de vantagem ou desvantagem umas sobre as outras.

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Terás de escolher entre atacar, usar habilidades especiais que consomem SP ou aplicar um golpe especial (alguns deles são efetuados em grupo e torna-se um regalo ver Nami, Zoro, Chopper ou Usopp a unir forças num momento especial). O jogo informa-te se esse membro da tripulação tem vantagem sobre o inimigo e até te revela se estás a escolher um golpe ineficaz, para não queimares uma ação com uma decisão inútil.

Os combates podem demorar um pouco mais do que deviam, mas são divertidos e estratégicos sem inundarem de conceitos os menos habituados ao género. Existe uma boa dose de profundidade e conceitos a aprender, mas nada que se torne confuso ou gere qualquer atrito na assimilação de mecânicas. Um crocodilo gigante foi o boss da área e a luta mostrou como a manga é a inspiração.

Dei por mim rendido a One Piece Odyssey e a querer jogar mais. O sistema de combate é familiar a quem joga JRPGs e mais especificamente aos adeptos de Persona 5, mas existem mecânicas próprias que realçam as personagens One Piece. Os visuais cumprem a sua função e a escala do mundo parece ter potencial para agarrar os fãs do mundo criado por Oda.

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