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Os 10 jogos mais influentes da Game Boy clássica

Lembrámo-nos de onde e quando passámos esses jogos.

Por mais ou menos nuvens negras que possam pairar sobre as consolas portáteis de videojogos, depois da ameaça e "boom" dos "smartphones" e "tablets", por enquanto todos os sistemas ainda coabitam. Basta atentar no desempenho semanal da 3DS no país do sol nascente, dominando sistematicamente o top das consolas. É certo que o Japão é um mercado muito específico, mas também é conhecido como um dos mais pujantes ao nível do mobile, que não entra nesse top. Mas se dúvidas existissem sobre a viabilidade das portáteis, nesta altura estariam dissipadas. Contribui para o crescimento da 3DS a história e marca Nintendo. Uma história feita com títulos e conquistas.

Por estes dias, ao arrepio da comemoração dos 25 anos da Game Boy clássica, recuperámos o recorde de vendas da primeira grande portátil da gigante de Quioto. Mais de 100 milhões de unidades vendidas, só superadas pela Nintendo DS, a primeira portátil da Nintendo, sem a designação Game Boy, a alcançar essa proeza, com a incrível cifra de 154 milhões, no período correspondente à direcção da empresa por Satoru Iwata, a plataforma mais vendida de sempre.

Apesar do bom desempenho da DS, precisamente por corresponder a um período quase paralelo à explosão do negócio "mobile", é impressionante o feito alcançado pela Game Boy clássica, uma peça de engenharia que não sendo a mais evoluída em termos de especificações, cilindrou por completo a concorrência. Atraente e de certa maneira algo similar em cor e combinação de botões com a doméstica Nintendo Entertainment System (também conhecida por NES) - a conjugação do d-pad com os botões A e B é muito semelhante ao comando da NES -, a Game Boy era vista quase como uma miniatura da plataforma doméstica. E com um ecrã disponível, alimentado por quatro pilhas, lançou o combustível e tornou-se na fonte de ignição para o que é hoje o actual mercado das portáteis e do mobile.

Jogos 8 bit em formato portátil.

No começo dos anos noventa, a Game Boy era a consola portátil que todos queriam ter, completamente à frente dos sistemas de um só jogo, muito populares nessa época, especialmente pelo seu baixo custo, por oposição aos vinte contos que então custava a máquina da Nintendo. Seguiram-se consolas portáteis de outras marcas, como a Game Gear e Atari Lynx, com gráficos coloridos e processadores um pouco mais avançados, mas nenhuma conseguiu destronar o "momentum" da máquina da Nintendo. Por ter sido uma plataforma tão influente no seu tempo, ao ponto de marcar decisivamente o que é hoje a experiência em formato portátil e "mobile", recuperámos 10 jogos mais influentes da Game Boy.

É sempre uma tarefa difícil e por vezes ingrata, dada a qualidade de muitos jogos e atenta a possibilidade de inclusão de muitos deles neste estrito conjunto. Mas parece-nos que os jogos aqui seleccionados catapultaram definitivamente a consola para o sucesso, não deram margem à concorrência, aproximaram a experiência portátil da experiência doméstica, consagraram magníficas sessões e momentos inesquecíveis, e grandes desafios. Afinal, numa década a portátil e as outras versões como Game Boy Color e Pocket, conheceram mais de 700 jogos, mas por ligação aos 25 anos da Game Boy clássica, vamos ter em conta apenas os jogos lançados para a clássica.

F-1 Race

A Game Boy recebeu inúmeros jogos de condução, alguns oficiais, como o título do piloto britânico Nigel Mansel. F-1 Race, lançado na Europa a 10 de Outubro de 1991 foi o primeiro jogo baseado no desporto máximo automóvel a sair na consola portátil. O jogo apresentava uma jogabilidade bastante similar ao popular título da Namco, Pole Position, no qual o jogador tinha que manter boa velocidade em curva mas evitar saídas de pista que pudessem levar o carro a embater nos postes de publicidade e consequentemente a perder mais tempo.

Com alguns modelos de carros à disposição, embora não oficiais, F-1 Race distingiu-se pela velocidade, especialmente quando se injectava o turbo, pressionando para baixo no d-pad. No final das corridas, caso saíssemos vencedores, havia uma passagem diante das personagens do Mushroom Kingdom e podíamos ver o Mario, Luigi e a princesa Peach, entre muitos outros. O jogo ganhou popularidade por ser o único a ser comercializado com o adaptador para 4 jogadores, que permitia corridas multiplayer desde que todos os jogadores possuíssem a Game Boy e o respectivo cartucho. A memória instalada no cartucho permitia ainda a gravação dos melhores tempos nos diferentes circuitos, até um máximo de três tempos e três letras.

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