Os Melhores de 2024 para o Eurogamer Portugal
Os jogos 5 estrelas do ano.
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O ano de 2024 trouxe consigo uma maratona de lançamentos que dificilmente será esquecida, com cada mês a contribuir para um catálogo de experiências únicas de grande impacto. Foram 12 meses marcados por reinvenções de clássicos, sequelas ambiciosas e novas franquias que demonstraram o vigor da indústria dos videojogos. Foi um ano em que os jogadores tiveram a oportunidade de explorar mundos ricamente construídos, experimentar narrativas emocionantes e desafiar a sua destreza em títulos que vão desde plataformas fascinantes a exigentes títulos de ação. Ao longo deste período, destacaram-se jogos que conseguiram não só captar a atenção do público, mas também estabelecer novos padrões de qualidade e criatividade.
Em 2024, registou-se uma diversidade de géneros e estilos, e os jogos de cinco estrelas selecionados pelo Eurogamer Portugal representam o melhor que a indústria tem para oferecer. Prince of Persia: The Lost Crown destacou-se pela forma como reinterpretou o género metroidvania, oferecendo uma jogabilidade ágil e envolvente que conseguiu captar a essência clássica da série. A Ubisoft demonstrou que ainda é possível inovar em fórmulas bem conhecidas, criando uma experiência que mantém os jogadores agarrados até ao fim. Por sua vez, Like a Dragon: Infinite Wealth continua a elevar o legado da série Yakuza, combinando uma narrativa forte com um mundo vibrante e uma jogabilidade refinada, reforçando o impacto global das produções japonesas.
Títulos como Final Fantasy 7 Rebirth e Elden Ring: Shadow of the Erdtree trouxeram profundidade ao panorama dos RPGs de ação e das expansões. A Square Enix conseguiu transformar um clássico adorado numa nova experiência interativa que mantém o espírito do original e oferece novas funcionalidades ambiciosas. A FromSoftware, por sua vez, voltou a estabelecer o padrão para conteúdos adicionais com a expansão Elden Ring, provando que as expansões podem ser tão memoráveis como os jogos principais. A dedicação das equipas criativas transparece em todos os detalhes, enriquecendo o universo e mantendo os jogadores envolvidos com mecânicas desafiantes e narrativas complexas.
Astro Bot e o Silent Hill 2 mostraram o valor da paixão e da nostalgia na produção de jogos. Astro Bot, com a sua leveza e diversão, remete para a simplicidade e a alegria dos primeiros tempos da PlayStation, enquanto o remake de Silent Hill 2 da Bloober Team captou a essência psicológica e emocional do clássico de terror, com um visual moderno e uma atmosfera arrepiante.
Cada um destes grandes jogos lançados em 2024, com as suas diferentes abordagens, mostra que 2024 foi um ano com um nível elevado, criatividade e respeito pelos jogadores, em que os melhores títulos deram origem a algo único e memorável.
Prince of Persia: The Lost Crown
Ao combinar o design metroidvania com a essência de Prince of Persia, The Lost Crown torna-se num jogo majestoso, inserido num género já bem conhecido, mas com as suas próprias ideias e eletrizante. A dada altura, o gameplay tornou-se tão divertido que dei por mim a pensar que o jogo simplesmente acertava em tudo o que fazia. A Ubisoft está de parabéns pois conseguiu um jogo de grande calibre e capaz de te agarrar ao ponto de fazer esquecer o passar do tempo.
Like a Dragon: Infinite Wealth
Like a Dragon: Infinite Wealth contribuiu imenso para reforçar a fenomenal sensação que estamos a passar por algumas das mais empolgantes semanas na história dos videojogos, fora dos elétricos meses de final de ano. Entre Persona 3 Reload e agora este majestoso esforço da Ryu Ga Gotoku Studio, as produções japonesas mostram um brilhante engenho no equilíbrio entre preservação da sua essência, expansão de escalas e refinamento para atrair mais audiência. É um dos melhores jogos japoneses que já joguei e sem dúvida o melhor esforço deste estúdio.
Final Fantasy 7 Rebirth
Final Fantasy 7 Rebirth é pura magia em forma de arte interativa. Dei por mim a pensar no quão majestoso é o original que lhe serve de base e o quão ambicioso foi para a altura. Apenas podemos descrever como fenomenal o que a Squaresoft conseguiu fazer com as limitações da altura. Jogar Final Fantasy 7 Rebirth faz-te sentir que estás a jogar um jogo dessa era, com uma campanha emocional, repleta de momentos impactantes, apoiada por um enorme mundo para explorar. É fácil perder a noção das horas a explorar estes vários locais por segredos, sempre à procura de easter eggs e curiosidades que reforçam imenso a sensação de descoberta e maravilhamento. O original é o meu jogo favorito de todos os tempos e Rebirth merece figurar ao seu lado.
Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Elden Ring: Shadow Of The Erdtree é um exemplo de como os jogos devem ser entregues: completos e sem barreiras artificiais que limitem o acesso ao conteúdo. O mais importante, no entanto, é a qualidade do que é oferecido. Esta expansão é uma continuação da fórmula arrojada estabelecida em 2022, alargando essa qualidade com refinamentos e novas adições que se aplicam tanto ao DLC como ao jogo base. A FromSoftware demonstra um profundo amor pelo que faz, concentrando-se na criação de grandes jogos para o seu público e mantendo-se fiel aos jogadores que realmente se envolvem com as suas obras.
Astro Bot
Astro Bot poderá ser apresentado como um projeto de menor escala da PlayStation Studios, mas é fácil jogá-lo e ficar com a sensação que será relembrado como um dos momentos de ouro da atual geração da companhia. A Team Asobi mostra novamente paixão e engenho, desprovida das ditas tendências que tanto ruído criam e prejudicam imensos projetos, para mostrar que os videojogos ainda podem ser precisamente aquilo que nos fez apaixonar por este meio interativo: diversão para colocar um sorriso na tua face ao final do dia.
Metaphor: ReFantazio
Metaphor: ReFantazio é uma experiência demasiado familiar para os adeptos dos jogos da Atlus, mas quando a qualidade do desafio, personagens, mundo, estilo e estética são tão bons, é impossível não voltar a ficar rendido ao talento desta equipa japonesa. Após Persona 5 em 2016, a Atlus volta a apresentar mais um JRPG de esplendoroso gabarito, no qual as suas forças eclipsam facilmente os pontos menos positivos. Num ano onde me deliciei com Final Fantasy 7 Rebirth, jogar mais um majestoso título como este é algo que não esperava, mas é mais uma sensacional experiência para acarinhar.
Dragon Ball: Sparking! Zero
A Bandai Namco e a Spike Chunsoft fizeram os fãs esperar mais de dez anos por um novo Budokai Tenkaichi, mas Dragon Ball: Sparking! Zero é uma espetacular celebração das aventuras de Goku e amigos. Com uma qualidade gráfica fantástica, transformações a meio dos combates e um sistema com profundidade, é capaz de transmitir a sensação de estar a jogar o anime. Modos como Episode que permitem mudar eventos e o Custom Episode que te deixa criar eventos personalizados reforçam ainda mais essa sensação e diversão.
Silent Hill 2
Silent Hill 2 Remake é, sem dúvida, um grande trabalho que merece todos os elogios à Bloober Team. Se pensarmos que o verdadeiro objetivo de um jogo como este é transportar o jogador para um mundo onde o medo se torna percetível, onde a angústia das personagens nos atinge em cheio e onde a narrativa nos desafia a explorar os complexos labirintos da mente humana, então este remake cumpre magnificamente a sua missão. Mais do que um jogo de terror, é sobretudo uma interrogação sobre o poder do amor, sobre como, mesmo no meio da escuridão e do desespero, há uma réstia de esperança que nos guia.
No final, é esta crença inabalável de que o amor, com toda a sua delicadeza e imensa força, pode ser a nossa salvação, mesmo que sejamos levados a cometer atos atrozes para o conseguir. É esta dualidade que torna o amor tão poderoso e trágico ao mesmo tempo - a esperança de redenção, mesmo à custa de sacrifícios que desafiam a nossa própria humanidade. Silent Hill 2 não nos propõe apenas uma história para ser jogada, mas uma viagem emocional e psicológica que nos deixa uma marca profunda, uma experiência que ficará gravada na memória e no coração de quem se atrever a passar por ela.
Marvel vs Capcom Fighting Collection: Arcade Classics
Esta Marvel vs. Capcom Fighting Collection é absolutamente brilhante e cumpre em pleno o seu propósito, o fácil acesso a memoráveis clássicos que até hoje figuram entre as maiores lendas da Capcom. Atualmente, o mundo do entretenimento poderá estar transformado ao ponto destes jogos parecerem algo banal, afinal de contas Fortnite recebe parcerias inesperadas de forma regular, mas na década de 90 foram acontecimentos que encheram de alegria os fãs destes dois universos.
Além disso, cada um destes jogos exibe um brilho especial, característico da década de 90, quando estes jogos eram produzidos como se o orgulho de cada funcionário estivesse em risco. As animações são soberbas, tendo em conta a tecnologia da sua altura, o gameplay é preciso e eletrizante, mostrando o talento de cada equipa para produzir jogabilidade, visuais e mecânicas dignas de aclamação. Obrigado Capcom.