Paper Mario: The Thousand-Year Door - Mais um triunfo para a Nintendo?
Eis as nossas primeiras impressões.
Mario é uma das personagens mais versáteis do mundo dos videojogos, e a Nintendo já colocou o canalizador em praticamente todos os géneros possíveis e imaginários: desde plataformas a puzzles, passando por RPGs e corridas de Kart, Mario já passou por várias iterações e estilos visuais muito distintos.
E uma das suas variantes mais populares é sem dúvida Paper Mario; os mundos e personagens fielmente construídos em papel e cartão são um verdadeiro regalo para os olhos, conferindo-lhe um charme tão intenso que nem sempre está presente nos outros jogos. E os fãs vão poder regressar ao mundo de Paper Mario muito em breve, já que o remake de Paper Mario: The Thousand-Year Door está agendado para o próximo mês, mais propriamente a 23 de maio.
Os meus últimos dias têm sido passados com o jogo e, apesar de ainda não o ter terminado (aliás, estou muito longe disso!), já vos posso dar as minhas impressões gerais sobre os primeiros capítulos. E estamos perante um típico título com o selo de qualidade Nintendo, onde abunda uma grande atenção ao detalhe e uma qualidade técnica irrepreensível.
Um remake muito bonito, cheio de charme e carisma
Não joguei o original da GameCube, admito, mas pelo que investiguei, estamos perante um remake fundamentalmente igual ao jogo anterior, apenas com uma nova camada de tinta que lhe dá um brilho extra e trá-lo para a nova geração de consolas. A história é a mesma, as personagens idênticas, o gameplay idem - esta é a forma da Nintendo trazer este clássico à ribalta e dá-lo a conhecer a novos jogadores.
Como RPG, o jogo é bastante diferente da franquia principal de Super Mario, e poderá causar alguma impressão para aqueles menos acostumados ao género ou que não jogaram títulos prévios como Paper Mario: The Origami King. No caso específico de The Thousand-Year Door, a premissa é super simples, incumbindo o jogador de encontrar sete Crystal Stars espalhadas por um vasto e colorido mapa, com variadas secções de combate, exploração e puzzles à mistura.
Por enquanto, apenas consegui visitar as primeiras duas áreas do jogo - uma consiste em prados verdejantes ameaçados por um temível dragão, e uma segunda leva-nos aos bosques encantados Boggly Woods - e ambas estão revestidas de segredos por desvendar, personagens a conhecer, puzzles a completar. Algo que me deixa particularmente entusiasmado é encontrar certos obstáculos que, de momento, ainda não consigo transpor; acredito que, numa fase posterior, ganharei algum novo poder que me permitirá finalmente fazê-lo.
Um combate estratégico, mas muito fácil
Um dos alicerces do jogo é o seu complexo combate, que funciona por turnos, e que envolve "timing" de uma maneira bastante vincada. Existem vários tipos de ataques e ações que podes executar, com uma grande maioria a obrigar-te a premir botões num momento muito específico, sem grande margem para erro. Podes usar ataques especiais, itens, defender-te, trocar de parceiro, proteger-te, apelar ao público (as batalhas decorrem num palco de teatro) e até tentar fugir. Existem realmente muitas opções disponíveis que adicionam uma grande camada estratégica ao combate - se bem que, até então, o jogo tem uma dificuldade tão baixa que ainda não morri uma única vez.
Participar em combates é extramamente importante, já que esta é a única forma de fortalecer Mario e o seu companheiro. No fim de cada batalha, receberás um determinado número de estrelas e, de cada vez que atingires 100 estrelas, terás a possibilidade de aumentar um recurso à tua escolha: a vida de Mario, os Flower Points (que permitem realizar ataques mais poderosos) e os Badge Points (que desbloquearão mais espaços para equipar certos crachás com poderes extra). Existe uma série de sistemas em vigor durante o combate que é importante ter debaixo de olho, com cada inimigo a exigir uma estratégia diferente.
Por mais curioso que tudo isto seja, os melhores momentos em Paper Mario: The Thousand-Year Door são aqueles que fogem do habitual, quebrando o gameplay habitual, e que te colocam em posições inesperadas mas absolutamente hilariantes. Apenas nas primeiras horas, és colocado momentaneamente num quiz show, onde tens de responder acertadamente a 5 perguntas; um pouco mais à frente, jogando como Bowser, terás de percorrer um nível 2D no tradicional look de Super Mario Bros. Estes momentos são curtos, mas de tal maneira adoráveis que desejei que fossem um pouco mais longos - e espero ansiosamente que haja muitos mais ao longo da minha jornada!
Não há muito mais que possa (ou queira!) dizer sobre Paper Mario: The Thousand-Year Door pois corro o risco de destruir um momento muito divertido para um possível jogador. É sem dúvida uma abordagem mais descontraída comparativamente a outros títulos da franquia, com um nível de dificuldade bastante baixo excetuando alguns momentos de exploração onde a solução pode demorar algum tempo até clicar no cérebro. Armazenando e usando itens especiais, o combate torna-se ainda mais fácil, o que será bom para quem quer uma experiência mais acessível mas, em proporção inversa, pode ser má notícia para quem gosta de um bom desafio.
Ainda assim, só recuperei duas das sete Crystal Stars, o que significa que ainda tenho um longo caminho pela frente, e espero continuar a ser surpreendido. Uma coisa é certa: o jogo envelheceu muito bem e o estilo artístico é absolutamente deslumbrante, elevado a novos patamares graças a novas texturas e iluminação. Transbordando de carisma a cada canto, este poderá ser um dos grandes jogo Switch de 2024. Fica a aguardar pela análise completa!