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Patapon 2

Pata, Pata, Pata, Pon!

Foi há cerca de 5 anos que a PlayStation Portable chegou às lojas Japonesas. O entusiasmo pela consola era inevitável, já que a Sony apelidava o sistema de Walkman de século XXI. Funções inovadoras como o acesso à internet, a possibilidade de ver fotos e vídeos em qualquer lugar e ainda jogar títulos com um poderio tecnológico de deixar qualquer um de boca aberta foram os principais responsáveis pelo sucesso da consola.

Ao fim de meia década, podemos olhar para trás e contar pelos dedos os franchises de qualidade que fizeram a sua aparência no sistema. Enquanto Tekken: Dark Resurrection, GTA: Vice City Stories e God of War: Chains of Olympus mostram as verdadeiras capacidades do sistema, outros jogos fizeram sucesso na portátil devido ao divertimento que proporcionam, apesar da simplicidade. Patapon é apenas um exemplo disso. Lançado em Fevereiro do ano passado, desde cedo se tornou num sucesso, tendo também sido muito bem recebido pela imprensa especializada.

Os cenários são um pouco mais detalhados do que na versão anterior.

A sequela, Patapon 2, chegou finalmente à Europa depois de algo como um ano de desenvolvimento, mas será que neste período de tempo a Japan Studios, produtora, conseguiu criar algo novo? Infelizmente, tal como aconteceu com LocoRoco 2, não. Mas já voltamos a este tema mais à frente.

Quem jogou o título original já conhece os Patapons, uma raça de guerreiros bastante peculiares, mas que apesar da sua coragem, precisam de quem os guie nas suas aventuras. Em Patapon 2, mais uma vez, o objectivo destas criaturas é chegar a “Earthend”, mas o pior acaba por acontecer, e a embarcação onde seguiam é atacada por um monstro marinho. Esta é a “desculpa” para termos de recomeçar tudo do zero, ou seja, não vamos ter grandes batalhões de soldados e muito menos armas que causem grandes danos no princípio do jogo. Apenas alguns Patapons que deram à costa da praia.

Numa primeira fase, o jogador é convidado a aprender as músicas de dois tambores, pois é com eles que controlamos as acções dos Patapons. Ao carregar no “quadrado” produzimos o som “Pata”, e um toque no “círculo” origina o som “Pon”. Com estes dois botões podemos criar a melodia “Pata, Pata, Pata, Pon”, que, se reproduzida na altura apropriada, faz com que os Patapons avancem pelo cenário.

Por vezes é necessário ter uma abordagem mais defensiva.

No entanto, não é apenas desta música que vive o jogo. Ao todo existem 4, que podemos usar em qualquer cenário. A combinação “Pon, Pon, Pata, Pon” serve como ordem de ataque, mas, como em certas alturas é essencial sermos prudentes, existe uma manobra de ataque defensivo, que acrescenta o som “Chaka” -“triângulo”. Assim sendo, ao pressionarmos “Chaka, Chaka, Pata, Pon” ordenamos aos nossos soldados que ataquem, mas que se preocupem mais com o lado defensivo. Por último, temos “Don, Don Don, Don Don” (activada pelo círculo), que nos permite, num fase mais avançada do jogo, invocar magias. De realçar que esta última combinação só pode ser activada quando estamos no modo “Fever”, ou seja, quando já realizámos “combos” de músicas.

Os combates são a componente principal de Patapon 2, não só porque nos deixa avançar no jogo, mas também porque é nos confrontos que adquirimos itens preciosos para equipar os nossos soldados. Desde lanças, passando pelos escudos, sem nunca esquecer as armaduras e até mesmo novos soldados! Quando escolhemos um novo nível, no meu que o antecede, podemos então personalizar as nossas tropas manualmente ou automaticamente, bastando para isso pressionar o botão “triângulo” e escolher a opção que distribuí os itens da melhor forma. Podemos ainda, neste secção, alinhar as secções de soldados de acordo com o nível que vamos jogar. Por exemplo, se quisermos que as setas percorram uma maior distância, e estamos a jogar num cenário ventoso, então o melhor será posicionar esta secção na frente de combate. Estas escolhas, apesar de à primeira vista não terem impacto, são essenciais para avançar na história do jogo, já que tudo influência, incluindo as condições climatéricas.