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PES 2011

Em busca da liderança.

Com a época futebolística ainda no começo, e olhando para a tabela classificativa da Liga Portuguesa é fácil vislumbrar que o F.C Porto é para já a melhor equipa, não só pela pontuação, mas também pelo futebol praticado. A distância é tal, que quase parece não estar a jogar na mesma Liga que os restantes, que acumulam problemas internos, outros com orgulho ferido e ainda outros com falta de estofo de estar nas maiores lides mundiais do futebol (Ai Braga). Já se diz que esta é uma vingança do Porto, mas a meu ver é mais pôr pés ao caminho e tentar vencer a concorrência.

Esta mudança de um ano para o outro, poderá ser usada para efectuar uma comparação sobre o que a série Pro Evolution Soccer tem feito nos últimos três anos. A concorrência, em qualquer meio, sempre foi boa para estimular criatividades e elevar os patamares da qualidade. Estagnação é um termo que não gostamos no mundo dos videojogos, e quem fica estagnado rapidamente é ultrapassado. Sabendo disso, qual o melhor remédio? Tal como o Porto fez (na minha visão minimalista do futebol), é meter pés ao caminho e não olhar para trás. Este é o sentimento que consigo retirar da última versão de Pro Evolution Soccer 2011 (PES 2011). A Konami soube que tinha que mudar, soube que tinha que meter os pés ao caminho (desculpem a redundância), e o aprendizado destes dois últimos anos, é elevado ainda mais neste último jogo. Mas será o suficiente?

É indiscutível dizer que logo pelos primeiros toques na bola que este PES está diferente. E para melhor. Não só na sua forma de abordar cada lance, mas principalmente pela dinâmica e fluidez da transposição da bola no terreno de jogo. Tenho também que dizer, que diferente do esperado, a versão final do PES 2011, tem algumas diferenças referente à versão de antevisão, diferenças essas que fizeram com que o jogo esteja ainda mais sólido em todas as suas partes, principalmente na jogabilidade e mudança entre todas as situações de jogo.

Mas falemos de novidades. Este ano PES 2011 tem mais licenças oficiais, tem a nova "Copa Libertadores", ou Taça Libertadores da América, com todas as equipas licenciadas. A Liga Espanhola ainda não está completa, bem como a Liga Inglesa com dois clubes licenciados apenas, mantendo o Manchester United mas perdendo a licença do Liverpool pelo Tottenham. Mas entre saídas e adições, as licenças são mais em número, como também em termos de Selecções Nacionais. De fora continua a estar a Liga Portuguesa, sendo representada pelos clubes, F.C. Porto, S.L. Benfica, Sporting C.P. e S.C. Braga licenciados, bem como os seus estádios, excluindo o do Braga.

A Taça Libertadores da América, é uma excelente adição ao jogo, dando-nos uma visão mais alargada do futebol, não tão circunscrito à nossa Europa. É interessante vermos equipas que pouco ou nada sabemos delas, e podermos jogar com elas. Algo que deveria ter sido também permitido era a possibilidade de jogarmos com as equipas da Taça Libertadores da América nos restantes modos do jogo. Pois apenas estão disponíveis dentro dessa competição. A única razão que poderemos apontar é certamente o problema das licenças, não podendo os clubes serem usados fora da sua competição. Da América Latina, apenas temos o C.A. Boca Juniors, River Plate e o Internacional, que estão disponíveis para podermos jogar fora da Taça Libertadores da América, sendo que apenas o Internacional participa realmente na prova.

Outra das grandes novidades tem a ver com o sistema de gestão da equipa, quer antes quer já em campo. Embora as mudanças não possam ser assim tão rapidamente vistas, quem tem jogado todos os anos PES irá ver melhorias há muito desejadas. Uma delas é sem dúvida a facilidade com que agora editamos as tácticas, colocação e posicionamento de cada jogador e as alterações dos jogadores. As teclas de atalho em jogo continuam a ser muito bem-vindas, principalmente para as mudanças rápidas do estilo de jogo, embora podemos configurar antes de cada partida as "probabilidades" e como actuar em cada situação.