PES 2011
Um renovar de época.
Num ano muita coisa acontece. Num ano muita coisa muda. Num ano tudo pode melhorar. E neste ano temos novamente um jogo que todos os anos agracia as nossas tarde e noites. Algumas vezes pela noite dentro. Estou claro a falar de Pro Evolution Soccer 2011, que é acarinhado também pelo seu diminutivo, e bem empregue por terras lusas, por PES 2011.
Como referi, um ano dá para melhorar muita coisa e na primeira impressão que temos sobre a versão deste ano de PES, posso afirmar que é bem empregue esta observação ao jogo. PES 2011 sairá daqui a sensivelmente um mês e esta é uma antevisão de um produto já com largo tempo de produção, na qual pudemos experimentar com mais calma a versão consolas, neste caso da PlayStation 3.
A Konami mais que nunca apregoa que as novidades deste ano são as maiores desde o início da franquia. O salto qualitativo que possa assegurar aos fãs de longa data e chamar ainda mais adeptos poderá estar nesta nova versão, que logo à partida cheira e sente-se melhor. Julgo poder dizer que quem notará as maiores diferenças é quem tem jogado as últimas versões.
A versão do ano transacto trouxe uma certa mudança na série, demonstrando que a PES Team da Konami tem olhado para o que os fãs têm a dizer e conceder-lhes a graça de um produto cada vez mais refinado. Os tempos de mudança foram assim sentidos e este ano o vento parece ser ainda mais forte.
Desde o primeiro pontapé de saída que vemos as principais diferenças. As animações, os modelos dos jogadores e principalmente a jogabilidade parece que foi totalmente revista. Não foram raras as vezes que aqui na redacção alguém saltou uma boca do tipo, "Viste o que ele faz agora? Olha a forma como se progride no jogo". O jogo em campo está mais pautado, mas real na transposição da bola, e a colocação dos jogadores, quer os nossos, quer dos adversários controlados pela IA está ainda mais fiel.
O fruto desta mudança está em agora ser um jogo mais real, e realidade é significado de erro. O erro é algo quase esquecido em jogos que visam a perfeição da jogabilidade. Mas se pensarmos, o futebol vive muitas vezes do factor sorte, imprevisto e, muitas vezes, erro. O novo controlo de 360º está ainda mais refinado que o do ano passado e quando passámos a bola ou cruzamos temos que ter total atenção para onde efectivamente direccionamos a bola.
Agora não há desculpas daquelas bolas fantásticas quase teleguiadas. Quem estiver habituado ao PES encontrará aqui um novo grau de exigência. Em partidas com veteranos no jogo, pensando eles que pegavam no jogo e era toca a andar, viram-se com sérias dificuldades de fazerem as mesmas coisas. Agora com muita mais dificuldade. A esses apenas dizia, "Bem-vindo ao novo PES".
Para além de todas estas mudanças na jogabilidade, agora temos em cima de cada jogador(algo também ligado à jogabilidade, mas mais em termos visuais) uma barra que indica o cansaço e a energia empregue em cada remate, passe ou centro. Esta última já existia anteriormente, mas alojada em baixo. Agora, tudo é bem mais fácil e mais criativo. Não precisamos de deslocar o olhar para vermos a força de passe. Com esta nova barra é bem mais fácil usar o X para podermos passar, pois a sensibilidade dos diversos graus de forças são bem reais, e o passe de profundidade, com o triângulo, é um dos recursos usados apenas nos factores decisivos, em último passe.
Sobre a barra de cansaço, é uma edição extremamente bem-vinda, conferindo um maior dinamismo ao jogo, principalmente aquando da rápida transposição ou em contra ataque. Se virmos que Vandinho está cansado, então rapidamente escolhemos outro jogador para receber a bola. Com a barra visível isto deixa de ser uma preocupação que em nada atrapalha a visão do terreno de jogo.