Exclusivo: Peter Molyneux
Project Natal, Milo e as emoções virtuais.
Essa é uma grande pergunta. Mas acho que se pensares como podemos apresentar a tecnologia de uma forma que queiras ter uma relação ou queiras tocar, acho que sim. Eu penso que, ter um personagem num jogo ou num pedaço de tecnologia na qual tenha empatia, e sim, empatia por ti, que se preocupa contigo, o que és, que se entusiasma contigo, penso que poderá ter muitas aplicações.
Sim existe sempre um nível de interacção. Sempre disse que se alguém conseguisse colocar na tua mente um mundo inteiro, eu seria a primeira pessoa a estar na fila para a operação. Mas estamos longe disso ainda.
Eu sei. O que é muito importante no Natal, é que não parece um aparelho, mas sim uma janela para o mundo. Como não parece um aparelho, como um telefone, não precisas de saber como utilizar, e isso é muito libertador para toda a gente. Tínhamos 3 demos na conferência. Não precisavas de dizer às pessoas como jogar, mas elas apenas olhavam e pensavam “Olha o meu braço”. Isto é uma coisa muito poderosa. Nunca houve um jogo na qual não tenhas instruções. E essas instruções é do tipo, “Carrega no botão azul para continuar" ou outra coisa. E tudo isso é bastante mais simples com a tecnologia Natal.
Milo já existia. Mas Natal deu vida a Milo.
Sim, antes era chamado de Dimitri. Iríamos usar o nome Dimitri, mas havia questões legais e não pudemos usar.
Não percam a segunda parte da entrevista, onde será abordada a questão da jogabilidade e sobre a ausência de quaisquer controlos no Project Natal.